quarta-feira, 25 de julho de 2018

Lenda da Idosa do Tricô Que Impediu um Assalto Ao Onibus


Lenda da Idosa do Tricô Que Impediu um Assalto ao Ônibus
Reza a lenda que, nos anos 90, havia uma idosa solteira que andava por vários ônibus de Curitiba fazendo crochê. Ela sempre dizia:
“- Quando eu era moça, meu pai não me deixava passear e nem namorar. Por isto, eu ficava em casa fazendo tricô. Mesmo assim eu pensava:
- O dia em que eu ficar velha, andarei por todos os ônibus da cidade e de graça, ainda por cima!
- Por isto, agora, ando em várias linhas de ônibus sentada e fazendo crochê.”
Dizem que esta senhora faleceu, dentro de um coletivo, tricotando. Mas segundo este mito, o fantasma dela continua andando pelos ônibus da cidade.
Há três anos, esta idosa estava tricotando dentro de um coletivo. Quando, de repente, um ladrão apontou o revólver para o cobrador e exclamou:
- Isto é um assalto!                            
- Passe tudo o que você tem!
- Depois tomarei os celulares dos passageiros!
Como o bandido estava de costas para a velha, ela pegou a agulha de tricô e enfiou no traseiro dele que, no mesmo instante, caiu no chão e derrubou a arma. Assim os passageiros imobilizaram o marginal. Porém a anciã sumiu no próprio coletivo, enquanto uma ambulância resgatava o meliante ferido.
Quando esta idosa voltou para o céu, um anjo chamou sua atenção:
- A senhora não deveria ter atacado o marginal!
A anciã gritou:
- Bandido bom é bandido morto!
- Na verdade, acho que nem falecido um marginal seja bom. Pois os ladrões, saem do purgatório, para encostarem nos vivos na Terra. Por isto, bandido é sempre o pior tipo de encosto.
- Você se lembra da novela chamada A Viagem?
- Havia o espírito de um marginal lá que encostava em todas as personagens do folhetim!
O querubim falou:
- Eu poderia mandar a senhora para o Umbral devido a sua resposta. Afinal uma boa alma não pode pensar que bandido bom é marginal falecido. Mas, como estou tolerante hoje, a sua pessoa continuará defendendo os ônibus onde seu espírito escolher passear. Porém, por favor, não mate ninguém.
Luciana do Rocio Mallon





Nenhum comentário:

Postar um comentário