Na Minha Época,
Não Existia o Jogo da Baleia Azul, Mas Havia a Brincadeira do Fusca Azul Que
Tem Até Lenda
Dias atrás
alertei aos pais sobre os perigos da brincadeira da Baleia Azul, que teve
origem há mais de 2000 atrás na Babilônia onde os habitantes adoravam uma deusa
em forma de baleia e sacrificavam as crianças para ela. Porém, hoje, este tipo
de ritual maligno está gerando mortes on-line.
Na minha
infância, não havia jogo da baleia azul, mas existia a brincadeira do fusca
azul, que também incitava a violência. O jogo era assim:
Quando
alguém via um fusca azul, tinha que correr para bater, ou, dar socos no braço
do colega próximo. Além disto, poderia cantar a seguinte música:
“ Fusca azul, fusca azul
Que anda de
norte a sul
Dá um soco
neste atrapalhado
Que pintou
este carro enganado
Para o soco
logo parar
Uma rima tem
que falar”.
Após esta
canção, o colega que levou os socos tinha que perguntar:
- Que
palavra devo rimar?
Então o
agressor escolhia qualquer palavra.
Bem,
refletindo sobre estes jogos de infância, cheguei à conclusão que virei
repentista por causa destas brincadeiras. Pois pelos fatos de eu ser baixinha e
tímida, era o alvo preferido para estas peças.
Reza a lenda
que na década de vinte, o Henry Ford criou fuscas só da cor preta em sua
fábrica. Numa noite, um funcionário gago, já muito cansado, errou a dosagem da
tinta e criou uma linha de carros azuis. Quando Henry Ford descobriu o erro,
deu socos no braço deste empregado e disse:
“- Carro
azul, carro azul
Azul é a cor
errada
Faça uma
rima para não apanhar mais”
A cena foi
vista por todos os funcionários, fotografada e imitada. A partir daquele dia,
qualquer pessoa que visse um ford azul, saia correndo para cantar a música e
socar um desavisado na rua. Dizem que o trabalhador, que errou a cor do fusca,
morreu de Câncer alguns anos depois. Porém seu fantasma ficou rondando a
fábrica por muitos anos, fazendo com que os vizinhos vissem fuscas azuis,
andado ao redor daquele estabelecimento, sem motoristas em suas direções.
Luciana do
Rocio Mallon
Foto:
Arquivo pessoal. Modelo: Luciana do Rocio Mallon, em 1981.
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