terça-feira, 6 de maio de 2014

Lenda da Corneta de Reynaldo

Lenda da Corneta Mágica de Reynaldo

Dona Neusa Mallon contou-me este causo e autorizou-me a postá-lo na Internet:
No século dezenove havia um músico chamado Reynaldo Mallon, que gostava de tocar instrumentos de sopro. Um certo dia, um senhor que tinha uma empresa de diligências, que transportavam passageiros, cartas e encomendas, contratou Reynaldo para ser o postilhão: ele ia na frente anunciando as caravanas através de uma corneta. O som do instrumento era importante porque algumas pessoas moravam longe das estradas. Então, os pacotes eram deixados nas porteiras das propriedades e a corneta servia para avisar que as encomendas tinham chegado.
Uma vez, um grupo de saqueadores assaltou as diligências e levaram a corneta de Reynaldo, que ficou muito triste.
Uma semana depois, este rapaz estava caminhando no meio da floresta e escutou um som de corneta. Por isto seguiu a música e chegou até onde havia uma mulher com um bebê que tinha acabado de nascer. Assim o rapaz perguntou:
- É daqui que veio um som de corneta?
Deste jeito a parteira respondeu:
- Foi a corneta do anjo.                 
- Reza a lenda que quando uma criança abençoada nasce, um anjo toca no telhado da casa. Eu tenho certeza que esta menina recém-nascida será uma “curandeira” igual a sua mãe.
O moço não acreditou muito na estória, pegou seu cavalo e voltou para o seu caminho.
Porém o anjo deixou a corneta cair. Desta maneira, Reynaldo achou o instrumento no meio da estrada, ficou feliz e passou a utilizar esta corneta no seu trabalho como antes.
Mas, com o tempo, ele notou que o instrumento mudava o seu tom de acordo com a personalidade da pessoa que ele iria entregar a encomenda. Por exemplo: se a pessoa era calma, o tom ficava mais suave e se a pessoa era rígida o tom ficava mais grave.
Uma certa noite, outros assaltantes tentaram roubar o instrumento de Reynaldo. Porém eles queimaram as mãos quando tocaram na corneta. Assim desistiram do roubo.
Reza a lenda que esta corneta, hoje se encontra no Museu Nacional de Colonização em Joinville, localizado no Palácio dos Príncipes. Alguns funcionários disseram que, nas noites de Lua Cheia, esta corneta toca sozinha.
Luciana do Rocio Mallon




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