terça-feira, 6 de maio de 2014

Desapaixonada

Desapaixonada

Hoje chorei sem sentir nada
Pois, finalmente, descobri
Que estou desapaixonada
A flor não precisa do colibri
Para ser feliz e bem amada!
                                  
Hoje choveu ao meio-dia
Mas nem sombrinha armei
Rasguei a carta com uma poesia
Que fiz para alguém que amei!

Sinto um misto de saudade
Com uma gota de indiferença
Apesar de tanta ingratidão e maldade
Não perdi a minha crença...
Pois, me livrei da pior doença!

Não tirei as pétalas da margarida
Num jogo fútil de bem-me-quer
Sou uma ave delicada, frágil e ferida
Há muito tempo deixei de ser mulher!

Não tentei cheirar o perfume da rosa
Os espinhos só servem para me machucar
Senti o frescor da brisa caridosa
Acariciando meus cabelos ao ar!

Estou desapaixonada, o desejo voou ao vento
Nada pode me tirar este novo sentimento!
É um misto de desapego com uma gota de saudade
Arrebentei as correntes da paixão e senti a liberdade.
Luciana do Rocio Mallon






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