domingo, 13 de dezembro de 2020

Cancela

 

Cancela

Na cancela passa gado

Mas também passa cabra,

Ovelha, rato, pato e gato

Não há mente que abra!

 

Tem gente que confunde

Vida profissional com pessoal

Assim, tristemente, se ilude

Pois cada uma é separada no astral

 

Pessoas cancelam artistas e profissionais com talento

Só porque confessam um profundo sentimento

Mas, como elas querem impor as próprias ideias

Transformam-se em lobos em mil alcateias

Pisando nas rosas, margaridas e azaleias

 

Assim por causa de ignorância

Destroem o jardim da tolerância

A cancela é a porteira do preconceito

Julgar o outro pelas próprias opiniões não é direito

Cada um tem o direito de ser um diferente sujeito

 

Se isto não ofender a ninguém

Que mal tem?

 

Na cancela passa gado

Mas também passa cabra,

Ovelha, rato, pato e gato

Não há mente que abra!

 

Diante da cancela matadora não consigo ficar zen

Depois deste poema, me cancelarão também

Porém, o que é que tem?

Continuarei escrevendo, mesmo assim, depois da cancela do trem.

Luciana do Rocio Mallon

 

 

 

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