Põe Ema, Poema
Toda a vez que escrevo um poema
Transformo-me numa ema!
A caneta é a minha pena
Que escreve toda a cena!
Se eu me perco na minha própria luz
Logo virou um tímido avestruz
Escondendo minha cabeça dentro da terra
Mas, sem fugir do Sol da nova era
O poema me coloca em lugares
Até no meu próprio interior
Com ele navego pelos mares
E acabo na selva do amor!
Assim, liberto-me de minha algema
Gritando sem piedade e pena:
- Põe ema, poema!
Pois isto é a solução do problema
No jardim secreto e selvagem
No meio da rosa e da açucena
Existe a mais linda miragem
Onde o pó cósmico vira ema
Formando um só poema.
Luciana do Rocio Mallon
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