Lenda do Maníaco da Foice de Campo Largo
Em 1977, na cidade de Campo Largo, região metropolitana de
Curitiba, apareceu um bandido apelidado de Paraibinha, que era um assaltante
que atacava nas estradas rurais e depois que roubava tudo, matava suas vítimas
com uma foice.
Reza a lenda que um dia ele entrou numa casa, roubou a
família e matou todos os seus membros com a foice menos Paulo, o filho mais
novo que tinha 13 anos de idade, porque este garoto permaneceu escondido num armário
do porão o tempo inteiro.
Assim, Paulo jurou vingança. Porém, o curioso é que este
adolescente tinha fama de virar lobisomem e por isto ele era discriminado na
região.
Numa sexta-feira de Lua cheia, Paraibinha andava na estrada
de uma vila rural chamada Morro Grande quando, de repente, sentiu que estava
sendo seguido. Quando ele olhou para trás, avistou um monstro peludo. A
criatura pulou em cima do bandido, tomou a sua foice e deu golpes nas pernas,
nos troncos e nos braços. Deste jeito, o marginal morreu naquele mesmo lugar.
Muitas pessoas da região desconfiaram que foi Paulo,
transformado em lobisomem, que matou o meliante para vingar o assassinato de
sua família. Mas, nunca nada foi provado contra o rapaz.
Alguns dias depois, o corpo de Paraibinha foi levado para o
museu do Instituto Médico Legal do Paraná, onde foi mumificado, colocado em
exposição e até hoje continua lá.
Segundo alguns ex-vigilantes deste estabelecimento, nas
noites de Lua Cheia, o corpo de Paraibinha cria vida e ronda o prédio atrás de
sua foice. Uma vez, sumiu a foice de um jardineiro, que cuidava das plantas do
local, e algumas pessoas afirmaram que isto foi obra da múmia do maníaco.
Diz o mito que os cabelos do corpo de Paraibinha não param
de crescer e por isto existe um funcionário do Instituto Médico Legal que cuida
das madeixas dele.
Luciana do Rocio Mallon
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