O Aplicativo Lulu e o Machismo
Desde o Antigo Egito, a beleza feminina é avaliada, como se
a mulher fosse apenas um pedaço de carne. Afinal, foram os egípcios os
primeiros a realizarem eventos de concursos de beleza femininos, onde a
vencedora recebia uma faixa.
No conto de fada chamado Cinderella, o príncipe resolve dar uma
baile para classificar a beleza das moças, do reino, com o objetivo de escolher
a mais bela e se casar com ela.
No século vinte, nos anos 60 e 70, os concursos de “misses”,
onde as modelos recebiam notas de 0 a 10, fizeram sucesso na mídia.
Hoje, quando uma jovem passa diante de um grupo de homens é
comum escutar comentários como:
- Nota 10!
- Nota 9, porque o bumbum poderia ser maior!
Afinal, o físico feminino sempre foi avaliado,
descaradamente, pelos homens.
Com o surgimento da Internet e suas redes sociais tornou-se
comum a mulher postar a foto de seu corpo e logo surgirem comentários
masculinos dando notas, sem mesmo ela pedir, e para isto nunca foi necessário
um aplicativo em especial.
Neste ano de 2013 apareceu, na Internet, um programa chamado
Lulu, que permite às mulheres dar notas aos homens, principalmente, com relação
ao físico. Então, muitos moços bloquearam seus perfis virtuais com medo de
receberem uma nota baixa com relação à beleza e ao desempenho íntimo.
Logo surgiu um movimento, com abaixo-assinados e protestos,
dos rapazes contra o aplicativo Lulu. Muitos moços argumentaram que as damas
não tem o direito de avaliar os homens, principalmente, com relação à beleza. Ora,
por trás disto há o machismo. Afinal, o físico e o comportamento das mulheres
sempre foram avaliados, por meio de notas, desde que o mundo é mundo. Portanto,
se as damas sofreram anos pelas avaliações masculinas, então, elas também possuem
direito de classificar os homens tanto na vida real quanto na vida virtual.
Luciana do Rocio Mallon
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