quarta-feira, 26 de março de 2025

Lendas dos Fantasmas da Secretária da Mesa e da Noiva da Rua Riachuelo

 

Lendas dos Fantasmas da Secretária da Mesa e da Noiva da Rua Riachuelo

Essa lenda foi contada por um amigo que permitiu a postagem nas redes. Porém para preservar sua identidade, irei chama-lo de Zeca.

Aqui em Curitiba existe a Rua Riachuelo, que também é conhecida como a Rua dos Brechós.

Nos anos 90, Zeca estava sem emprego e moradia. Então conseguiu um serviço de vendedor numa loja de móveis usados e novos, que também era marcenaria aos fundos. O dono deixou o rapaz morar no quarto dos fundos em troca que ele cuidasse da segurança da loja à noite.

Na primeira noite, Zeca estava sozinho na loja, quando, de repente, escutou um choro feminino. Então avistou uma senhora, com roupas do século dezenove chorando numa mesa colonial de escritório. Assim ele se aproximou:

- A loja está fechada!

- Por que a senhora está chorando?

- Posso ajuda-la?

A mulher olhou para ele e disse:

- Não quero que vendam essa minha mesa de escritório. Pois trabalhei nela por mais de 40 anos. Eu fui secretária de uma empresa, no final do século dezenove e morri trabalhando nessa mesa. Não pude formar minha família porque meus pais eram muito rígidos e eu faleci antes deles. Na realidade, a única atividade que eu tinha era o trabalho.

Zeca, achando que se tratava de uma brincadeira falou:

- Qual é o seu nome e onde você está sepultada?

A mulher disse:

- Elizabeth e eu estou sepultada, no Cemitério São Francisco de Paula, ao lado do mausoléu de uma família que teve empresas em Curitiba no século dezenove.

O rapaz fez uma cara de rígido e gritou:

- Agora, por favor, se retire senão chamarei a polícia!

De repente, a idosa se evaporou.

No dia seguinte, ele foi até o cemitério, localizou o mausoléu e viu que existia o túmulo de uma Elizabeth ao lado e que a foto era da mesma moça que estava sentada na escrivaninha.

Uma semana depois, ele estava sem sono à noite e resolveu ficar na frente da loja para observar os movimentos das boates.

De repente, uma moça vestida de noiva veio em sua direção:

- Moço, preciso fazer um pedido.

Zeca disse:

- Pode falar!

A jovem explicou:

- Esse vestido de noiva é uma cópia de um traje que o brechó da esquina está vendendo. Acontece que a peça dessa loja era para ser minha nos anos 50. Eu estava noiva e casaria com o vestido dos meus sonhos. Mas no mesmo dia, minha rival roubou a minha roupa e ainda por cima fugiu com meu noivo. No dia seguinte eu morri. Porém como não fui enterrada vestida de noiva e nem de branco, as pessoas me difamaram e me xingaram de vagabunda. Pois naquela época as virgens eram enterradas vestidas de noiva ou de branco. Porém o vestido que está à venda no brechó é meu e quero que deixe no meu túmulo.

O rapaz perguntou:

- Qual seu nome?

- Onde está enterrada?

A moça disse:

- Meu nome é Ana e estou enterrada no Cemitério Muncipal perto das torneiras.

Dessa vez Zeca não teve coragem de ir até o cemitério para verificar.

Uma semana depois, uma viúva rica foi até a loja de móveis e se apaixonou por Zeca. Um mês depois eles se casaram. Porém quinze dias depois, a viúva faleceu e Zeca teve direito a sua herança, pois ela nunca teve filhos.

Assim ele comprou a mesa de escritório e colocou em frente ao túmulo de Elizabeth. O moço também comprou o vestido de noiva e colocou no túmulo de Ana.

Luciana do Rocio Mallon

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