A Potranca
da Poesia
Quando uma Poesia
selvagem
Aparece na
mente do escritor
A floresta
transforma-se em miragem
Em pleno
sonho de esplendor
A Poesia
vira uma potranca teimosa
Disparando
contra um jardim
Em uma
corrida maravilhosa
Ela cavalga,
rapidamente, sem fim
Mas quando o
poeta tenta prender no laço
Esta
potranca torna-se mais ainda feroz
O coração do
escritor fica em estilhaço
Quando a consciência
escuta sua voz
Porém quando
o autor mostra uma lagoa
De uma forma
calma, suave, leve e boa
Para esta
égua rebelde e deslumbrante
Todo o verso
livre vira um diamante
Pois a
potranca escreve mensagens
Nas águas
refrescantes e transparentes
Proporcionando
inesquecíveis viagens
Para
leitores ávidos, curiosos e carentes
Sua crina
transforma-se em macios cadernos
Onde o poeta
participa do rodeio de escrever
Domando
momentos excitantes e eternos
Cavalgando
na sela da inspiração até amanhecer
Com o
chicote da disciplina
Ele não
escraviza, só liberta
Da sua
espora sai purpurina
Quando a Poesia
é descoberta
Porém esta
égua não gosta de ser maltratada
Ela cavalga
nos campos árduos da linguagem
Relinchando
no meio da inspiradora madrugada
Pois
palavras com sentimentos formam sua pastagem
Todo o poeta
é um peão corajoso
Atrás de uma
potranca arredia
Num campo
traiçoeiro e perigoso
Onde ele se
arrisca pela Poesia.
Luciana do
Rocio Mallon
Nenhum comentário:
Postar um comentário