sábado, 15 de fevereiro de 2025

Perigos de Vender a Intimidade da Iris

 

Perigos de Vender a “Intimidade” da Iris

 

Hoje me perguntaram:

- Você venderia a “intimidade” da sua íris?

Minha resposta abaixo:

- Não, nunca venderia a intimidade da minha íris.

O fato de algumas pessoas venderem a “intimidade” da íris é um fato assustador. Pois ela é semelhante impressão digital: não existe outra igual no mundo.

Há condomínios onde existem máquinas que leem a íris de cada morador para que ele possa entrar. Mas com a onda da venda da “intimidade” da íris, esses condomínios estão abandonando essas máquinas e voltando com os porteiros humanos. Algo semelhante aconteceu com instituições que estavam planejando colocar a íris dos usuários como um tipo de senha. Pois elas estão cortando essa ideia.

Esse fato me fez lembrar algo que aconteceu no período da minha juventude em meados dos anos 90: perto das universidades eram comuns cartazes com os dizeres:

“Universitárias, vendam seus óvulos...”

Embaixo dessa propaganda existia um número estranho.

Porém perguntas, ainda pairam na minha cabeça, como:

“ Para quais finalidades queriam comprar óvulos de universitárias?”

Depois surgiu o boato de que os óvulos de universitárias loiras eram os mais bem pagos.

Mas, voltando para o ano de 2025, fiquei assustada também ao ver gurus anunciando cartazes virtuais com os dizeres:

“ – Descubro suas reencarnações através da análise de sua íris.”

“ – Faça o curso de como ler a reencarnação através da íris.”

Para finalizar, não aconselho ninguém a vender óvulos sem uma explicação plausível e muito menos “intimidade” de íris. Pois tudo isso pode servir para violar a individualidade e a identidade de alguém.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon

#iris

 


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Lenda do Candelabro do Tridente de 15 Anos

 

Lenda do Candelabro do Tridente de 15 Anos

No começo dos anos 2000, eu trabalhava numa loja onde vendia de tudo: roupas, objetos para casa, acessórios, brinquedos e artigos para festa.

Uma certa manhã, a loja ainda estava fechada e notei que tinha um candelabro, da cor rosa, em formato de tridente com o número 13 ou 15 escrito com velas um pouco usadas.

Então o segurança chegou para abrir a porta e exclamei:

- Tem esse candelabro estranho aí na frente!

Assim o rapaz abriu a loja normalmente e colocou o objeto numa cesta vazia na entrada.

De repente, uma freguesa pegou esse candelabro, que estava na cesta e seguiu até o caixa:

- Gostaria de levar esse candelabro em forma de tridente, com velas, para a festa da minha filha de 15 anos!

A gerente, que estava no caixa, falou:

- Não vendemos esse objeto aqui. Mas, por mim, a senhora pode levar como cortesia da casa!

Um mês depois, a mesma mulher entrou na loja e perguntei:

- Como foi a festa de 15 anos de sua filha?

Ela respondeu:

- Foi maravilhosa e ela amou o candelabro. O problema é que depois da festa, ela virou outra pessoa: passou a beber, a ficar com homens desconhecidos em danceterias e largou os estudos, não sei mais o que fazer...

Dona Azaléa, que também era cliente e estava na loja, escutou tudo e se aproximou:

- Que tipo de candelabro foi usado na festa de 15 anos da garota?

A senhora respondeu:

- Foi um candelabro que encontrei aqui, ele tinha forma de tridente com três velas embutidas e o número 15 escrito.

De repente, eu intervi:

- Na verdade, eu achei esse candelabro, em frente da loja, antes dela abrir. Depois o segurança descartou na cesta e essa cliente ficou interessada.

Azaléa falou:

- Já entendi o que aconteceu: na verdade não era o número 15 que estava escrito e sim 13. O objeto não era um candelabro, mas sim um tridente. Por favor, preciso do nome e foto da garota para desfazer isso no local espiritual onde frequento. Perdão, esqueci de dizer: meu apelido é Azaléa e terei alegria em ajudar.

A cliente aceitou esse conselho.

Um mês se passou e a freguesa voltou:

- Gostaria de agradecer à Azaléa porque o trabalho dela deu certo. Pois minha menina voltou a se comportar e até retornou à escola.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon

#lendasurbanas

#casossobrenaturais

 

 


sábado, 8 de fevereiro de 2025

Mamãe Não Caiu no Onibus, Mas Foi Salva Pela Fada Professora

 

Sempre recebo mensagens de professoras pedindo poemas que falem, de forma suave, sobre violência doméstica para crianças pequenas.

Então eu fiz e escrevi na forma de Poesia, pois já foi comprovado que crianças entendem melhor o conteúdo quando tem palavras rimadas.

 

Mamãe Não Caiu no Onibus, Mas Foi Salva Pela Fada Professora

 

Uma noite, Zezinho escutou um som

Que pensou que fosse um grito

Ele aumentava de tom

De um jeito aflito

 

Eram duas vozes briguentas

Uma lagrimejante e outra violenta

Então ele continuou na cama com medo

E contou esse segredo para um brinquedo

 

No dia seguinte mamãe estava com o corpo manchado

De bolas roxas de um jeito doído e alvoroçado

Zezinho perguntou com olhos de breu:

- Mamãe, o que foi que aconteceu?

Ela, envergonhada, respondeu

 

De um jeito inexpressivo:

- Mamãe, caiu do coletivo

Toda a noite aquela agonia

Novamente se repetia

Até que um certo dia

 

Zezinho não aguentou mais guardar segredo

Ele queria desabafar com alguém além do brinquedo

Que não espalhasse a história para uma bruxa de vassoura

Então ele contou a história para sua professora

 

Naquele mesmo dia

O padrasto foi à delegacia

Assim, nunca mais mamãe caiu do coletivo

E seu coração ainda continuava vivo

 

Graças ao que Zezinho contou para sua professora

Que no fundo era uma fada e uma benfeitora

Então se a sua mãe aparece com o corpo machucado

Faça como o Zezinho e não fique calado

 

Conte tudo para sua professora,

Coordenadora ou diretora.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon

#violenciadomestica

 

 

 

 

 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025

Lenda do Aplicativo Que Imita Mortos

 

Lenda do Aplicativo Que Imita Mortos

Patrícia era uma brasileira que morava no exterior junto com seu bebê Helen e sua mãe Ana.

Quando Helen completou um ano de idade, Patrícia pediu para que sua prima, Sueli, saísse do Brasil e viesse até sua casa para trabalhar como sua babá. Pois a prima era meiga e falava línguas estrangeiras.

Então como Sueli era calma e paciente, Helen se acostumou logo com a nova moradora da casa. Dessa maneira Patrícia sempre saía por volta das cinco da manhã para trabalhar e voltava somente lá pelas dez da noite.

Quando Helen completou 5 anos, Sueli começou a ter muitas dores nas costas e Ana levou a moça ao hospital, onde faleceu no mesmo dia.

Patrícia tentou esconder isso da sua filha, mas ela sempre dizia:

- Cadê a tia Sueli?

- Quero falar com ela!

- A tia, Sueli, sempre me contava histórias para dormir e corrigia a lição de casa.

Dias depois, Patrícia soube que existia um aplicativo, que através de inteligência artificial, fazia com que a imagem de uma pessoa falecida conversasse com os vivos.

Então, não aguentando mais a choradeira da filha, a mulher instalou o aplicativo no celular da sua mãe, que não curtia muito celulares, e mentiu para Helen que era Sueli quem estava do outro lado da tela.

No começo Patrícia e Ana prestavam atenção na fala da Sueli, feita por inteligência artificial, que dizia sempre as seguintes frases:

- Bom dia, Helen!

- Boa noite, Helen!

- Obedeça sempre à mamãe e a professora, Helen!

O mais incrível é que a Sueli virtual sempre contava histórias para a Helen dormir com a mesma voz da falecida.

Então, após dois meses, Patrícia e Ana deixaram de prestar atenção nas conversas da Sueli, feita por inteligência artificial e passaram a deixar Helen interagindo sozinha pelo aplicativo.

A partir daquele dia, as mulheres da casa notaram que o comportamento da menina passou a mudar pouco a pouco. Pois Helen passou a xingar todo mundo, a se rebelar na escola e também não fazia mais as lições de casa.

Então Patrícia perguntou:

- Por que você anda tão rebelde?

A garota respondeu:

- Só estou fazendo o que a Sueli manda.

Naquela mesma noite, a mulher voltou a observar a interação da filha com o aplicativo e ficou assustada com as palavras da Sueli virtual:

- Destrua tudo!

- Fale palavrões!

- Rasgue os cadernos!

Naquele mesmo instante a moça apavorada tirou o celular das mãos da criança e desinstalou o aplicativo.

No dia seguinte, seu colega de trabalho comentou:

- Soube que hackearam aquele aplicativo onde os mortos conversam com os vivos por inteligência artificial?

A mulher ficou espantada e conversando com especialistas, em Informática, confirmou que realmente o aplicativo foi adulterado. A partir daquele dia, ela nunca mais instalou aplicativos semelhantes.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon

#lendas

#lendasurbanas

 

 


quarta-feira, 5 de fevereiro de 2025

A FUVEST, Fundação Universitária Para o Vestibular, escolheu obras de autoras mulheres para as listas dos vestibulares de 2026 até 2028

 

A FUVEST, Fundação Universitária Para o Vestibular, Escolheu Obras de Autoras Mulheres Para as Listas dos Vestibulares de 2026 até 2028

A representatividade das mulheres na escrita é importante. Durante muitos anos, as autoras foram silenciadas. Algumas precisaram até se vestir com roupas masculinas e adotar pseudônimos masculinos como é o caso de Amandine Aurore Dupin que adotou o pseudônimo de George Sand para ser levada à sério pela sociedade.

O patriarcado sempre impôs às mulheres as tarefas de cuidar da casa e dos filhos deixando de lado seus interesses intelectuais.

Mas felizmente isso vem mudando aos poucos desde o final do século dezenove. Porém as escritoras ainda têm muitos caminhos para percorrer. Portanto, ter autoras mulheres entre os livros obrigatórios já é um grande passo. Outro fator importante são os coletivos de escritoras, como: Coletivo Marianas e Mulherio das Letras.

Aliás as mulheres precisam ser destacadas não só como personagens e sim como autoras. Já que por muitos anos escritoras foram silenciadas.

Além de ler as obras com cuidado, o leitor também precisa pesquisar a biografia dessas escritoras e a época em que elas escreveram os textos para entender melhor os livros por completo.

Aliás, a lista de autoras é maravilhosa: Clarice Lispector, Conceição Evaristo, Djaimilia Pereira de Almeida, Julia Lopes de Almeida, Lygia Fagundes Telles, Narcisa Amália, Nísia Floresta, Paulina Chiziane, Rachel de Queiroz e Sophia de Mello Breyner Andresen.

As escritoras geralmente passam mensagens sobre a realidade em que estão inseridas. Por exemplos: no livro, Memória de Martha, de Júlia Lopes de Almeida, além do conflito entre mãe e filha, o livro mostra a realidade dos cortiços do Rio de Janeiro no final do século dezenove.

As principais características, desses livros das autoras selecionadas pela FUVEST, são: a mostra da realidade da época em que essas mulheres viveram e os conflitos que as mulheres daquele tempo enfrentavam.

Então, vamos ler livros escrito por mulheres e debater sobre eles em todos os lugares possíveis.

Luciana do Rocio Mallon

#lucianadorociomallon

#FUVEST

#literaturademulheres

#literaturafeminina