Entrevista Com Empreendedor Eliel
Lucas
Como todos sabem, voltei a realizar
entrevistas com empreendedores e artistas nas minhas redes sociais.
O entrevistado de hoje é o
empreendedor e escritor Eliel Lucas, Marido de Aluguel.
1- Como e quando descobriu que tinha o dom para
consertar as coisas? Acho que
observando o que meu pai fazia desde criança porque ele era muito criativo,
inventor tipo professor Pardal e não tendo brinquedos, tinha que improvisar pra
se divertir.
2- Como surgiu a ideia de trabalhar consertando
objetos? Na verdade foi gradativo,
conforme ia mexendo com uma coisa e outra, comecei a montar móveis e isso
desenvolveu meu raciocínio porque embora as pessoas não percebam, montar móveis
é complicado e aprendi manusear com perfeição “parafusadeiras” e furadeiras e
desenvolvi muita habilidade com as mãos. Também o fato de não querer jogar
alguma coisa fora, às vezes por apego ou por economia, sempre dou um jeito de
consertar, geralmente com parafusos.
3- Quando passou a usar o nome Eliel, Marido de
Aluguel? Unindo o útil ao
agradável. Fiz uma rima e ficou legal. Fácil de memorizar e quem sabe as
pessoas achem engraçado a pronúncia.
4- Quais são os objetos que você costuma
consertar? Como meu carro chefe é
montar móveis, conserto gavetas e portas. Também recorto, diminuo, adapto
coisas e conserto panelas. Mexo em quase tudo em carro, moto, caminhão, máquina
de lavar, fogão, bicicleta, chuveiro, torneira e enfim dou um jeito para tudo.
Fuço em elétrica e hidráulica, só não sei mexer com eletrônico, máquina de
costura e de lavar porque precisa de conhecimento específico e ferramentas
apropriadas. Mas coisas de fácil diagnóstico eu consigo resolver.
5- Além dos consertos dos objetos, quais os
outros serviços que você faz? Fuço em elétrica e hidráulica, só não
sei mexer com eletrônico, máquina de costura e de lavar porque precisa de
conhecimento específico e ferramentas apropriadas. Mas coisas de fácil
diagnóstico, eu consigo resolver.
6- Soube que pretende escrever um livro, sobre
qual tema ele abordará? O livro
não tem a ver com nada do que faço trabalhando. Seria sobre minha história de
vida, a opressão que vivi desde a infância onde eu, minhas irmãs e minha mãe,
fomos severamente submetidos a uma rígida disciplina fora da realidade e
tolerância porque meu pai era um lunático e fanático religioso e nos impunha o
que ele achava ser o certo e melhor para todos. Com muita agressividade e
bestialidade éramos açoitados com cinta por qualquer motivo ou até mesmo sem
motivos, o que causava muito sofrimento físico e emocional, vergonha, e traumas
que jamais serão apagados da nossa memória. Isso deixou cicatrizes profundas em
nossas corpos e na nossa alma. Por volta dos 40 anos quando, segundo a
psicanálise fala, essa revolta aflora e a pessoa começa a confrontar seus
traumas e essas coisas desestabilizam a autoestima e a pessoa fica sem rumo na
vida e muitos se perdem nos vícios sendo levados a destruição muitas vezes
devolvendo em outras pessoas a violência sofrida. Muitos se refugiam em álcool,
drogas, sexo, jogos , etc.
7- Quando e como surgiu a ideia de escrever um
livro? Quando me tornei
alcoólatra, falava muito e sobre tudo, xingando e praguejando com as palavras
do mais baixo calão, minha revolta aflorava e percebi que por aquelas coisas para
fora trazia algum alívio. Como geralmente bêbado esquece as coisas que fala e
faz, resolvi escrever nas paredes da casa e num armário improvisado na garagem
ao qual batizei com o nome de "armário da agonia". Todo mundo lia
queria escrever alguma coisa também. Aí um namorado da minha filha que adorava
estar aqui em casa comigo, gostava da minha inspiração e criatividade e como
estudava CINEMA, ele começou a gostar daquelas mensagens. Então achou que
aquilo e o resto da minha história poderia render um livro ou até mesmo um
filme. Aí comecei a alimentar esse sonho de escrever um livro. Aí o namoro
terminou , não tive mais ele pra me apoiar e o livro foi ficando pra trás
porque não conheço alguém que possa me ajudar a levar o projeto pra frente. Ele
próprio já escreveu alguns livros de Poesia inclusive me deu um exemplar de
presente. Chama- se O FUTUM DAS BIRELAS. Vinícius Comoti.
8- Quais são as habilidades que um marido de
aluguel deve ter? Essencialmente:
criatividade e entender um pouco de tudo. Você nunca sabe exatamente o que vai
encontrar pra resolver. As vezes precisa improvisar até ferramentas. Boa
vontade para fazer o serviço e ter a recompensa financeira necessária à
sobrevivência e o que não tem preço, o sorriso no rosto da pessoa que teve o problema
resolvido.
9- Deixe seus contatos caso alguém queira
contratar seus serviços. Não
consigo encontrar tempo pra entrar em redes sociais. Corro muito pra dar conta
de cuidar de mim, minha casa, meus filhos, pets...o pouco tempo que sobra gosto
de ver televisão. Gosto de notícias, informações, documentários aleatórios e
atualidades. Mas o telefone
está no
cartaz abaixo dessa entrevista.
10 – Quais
os conselhos que você dá aos jovens que sonham com a carreira de marido de aluguel?
Que procurem outra coisa kk. Eu particularmente entrei pra
uma faculdade de Psicologia. Na realidade, é possível adquirir experiência para
resolver tudo o que um marido de aluguel consegue e ferramentas. Mas é muito
desgastante e pouco rentável além de requerer muita disposição e saúde. Eu já
enfrento dificuldades devido minha limitação visual. Óculos atrapalha, embaça, reflete
luz, cai do rosto. É uma coisa pra servir como uma fonte de dinheiro pra você
fazer um curso técnico ou uma faculdade. Na verdade quem começa a fazer coisas
de marido de aluguel são pessoas que não conseguiram se inserir no mercado de
trabalho e não tem habilidade, qualificação ou dinheiro pra investir em um
negócio qualquer.
Perguntas
feitas por Luciana do Rocio Mallon
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