O Bairro da
Poesia
Quem caminha
pelo bairro da Poesia sensacional
Sempre
recebe um presente em forma de ônus
Pois o
rápido, veloz e passageiro ônibus
Nem sempre
tem um ponto final
Ele pode ter
vírgulas e reticências
Onde se
curam as carências
No bairro da
Poesia, os estribilhos
Transformam-se
em fortes trilhos
Por onde
passam os trens
Principalmente
a Maria-Fumaça,
Carregando
nos vagões os bens,
Enquanto
fuma cheia de graça
No bairro da
Poesia, em cada esquina
Repleta de
harmonia, existe uma bailarina
A rua do
amor atravessa a rua da saudade
Mas ninguém
sai do beco da felicidade
No bairro da
Poesia há escola com muro pintado cheio de versos
Lá têm
escritórios com escrivaninhas que carregam universos
Também há
farmácias curam até dor de cotovelo
E bares onde
os sorrisos quebram qualquer gelo
O bairro da Poesia
existe em cada criatura
Quando ela
faz um ato de ternura misturado com loucura.
Luciana do
Rocio Mallon
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