Toda a menina, na infância, um dia já ficou maravilhada com algum vestido que alguma mulher mais velha usava na época.
Minha mãe tinha dois vestidos que me chamavam a atenção: um era modelo cigano, com estampas de uvas, mangas fofas e cinturão de cordas embutido, que sumiu no começo dos anos 80. Já o outro era um modelo country, de veludo marrom, estilo que as heroínas, do seriado de bangue-bangue Bonanza, usavam no Velho Oeste do século dezenove.
As vezes parecia que eu via uma cowgirl dentro do vestido, com um chapéu de faroeste, e botas de courino.
Minha família fez várias mudanças de cidade. Porém o vestido country sempre viajou na mala. Mas as poucas vezes que eu vi minha mãe usar foi quando eu tinha cinco anos de idade. Não sei o porquê depois de tantos anos, ela não quis se desfazer do vestido. Porém, semana passada, ainda em fevereiro de 2020, resolvi trocar, com minha mãe, um sapato praticamente novo por este vestido marrom. Primeiro, pensei em usar o vestido em alguma coreografia country ou medieval. Porém, como era justo demais para este tipo de Dança, levei a peça para a costureira reformar. Pedi a ela para que transformasse o vestido em um colete medieval para Danças Ciganas Artísticas e Medievais.
Então, prometo mostrar o resultado da reforma nas minhas redes sociais.
Luciana do Rocio Mallon
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