Sobre o Cão Que Foi Morto Por um Funcionário de Mercado
Lamento a morte de um cachorro que foi assassinado pelo
funcionário de um mercado, em Osasco, nos últimos dias.
Trabalhei por anos no comércio de Curitiba e alguns animais
já entraram nos estabelecimentos onde eu executava minhas atividades profissionais.
Porém nunca usei de violência para espantar estes bichos. Ao contrário, acolhi
estes novos amigos.
Num dia de primavera, um cachorro de rua entrou na loja e a
dona pediu que eu fosse retirá-lo. Assim peguei um pedaço de almondega, que era
do meu almoço, e ofereci ao cão atraindo o animal para o lado de fora.
Resultado: o bicho passou a esperar, pelo lanche que eu oferecia, na parte
exterior e nunca mais entrou no estabelecimento. Depois a proprietária da loja
descobriu que o cachorro pertencia ao antigo dono do imóvel que era idoso e
faleceu. Á noite, o bicho passou a dormir em frente à loja, evitando
vândalismos e arrombamentos.
Num dia de inverno, num outro estabelecimento, a gerente viu
um gato fazendo pipi no canto direito interno da loja. Após esta cena, limpei o
local e coloquei uma caixinha de areia com um pratinho de ração. Na manhã
seguinte, ele urinou na caixa e comeu o alimento. Uma vez, uma senhora colocou
peças íntimas, da cesta, dentro das próprias calças. Naquele mesmo instante o
gato, que estava na loja, miou para mim. Mas eu que percebi o fato antes, falei
à idosa:
- A senhora colocou o produto num lugar impróprio...
- Gostaria de uma cestinha?
Assim a anciã devolveu as calcinhas para o estabelecimento.
Os animais, que chegam espontaneamente, a um comércio protegem
e ajudam no seu progresso. Por isto, não merecem ser maltratados. Inclusive, há
estudos místicos sérios sobre isto. Maltratar animais além de crime traz azar e
energias negativas a qualquer local. Nenhum bicho escolhe seu posto por acaso,
todo o animal vai aos locais onde ele tem uma missão a cumprir. Por isto muitas
pessoas estão chamando o mercado, onde o cachorro foi assassinado de:
“CãoSemTour”.
Luciana do Rocio Mallon
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