Poeta Don
Juan Que Vende Rosas de Plástico e Bijuteria
Minha suave
e fresca brisa da manhã
Perdeu-se no
peito de um poeta Don Juan
Que vende
rosas de plástico e bijuteria
Com frases
baratas camufladas de Poesia
Sua máscara
é feita das asas de uma mariposa escura
Pois ele é
um ladrão sadomasoquista de espíritos
Ele promete
paixão, mas depois só deixa amargura
Algemada em
postes que iluminam sonhos líricos
Sua língua
vermelha, felpuda e indecente
Vira chicote
nas costas da pobre donzela
Que
acreditou numa promessa inocente
Em troca da
sua pele pura, nobre e bela
Ele vende
rosas de plásticos e bijuterias
Pois não
sabe que o coração é uma joia rara
Ontem seus
olhos destruíram um lar com negra magia
Se, hoje,
corro atrás dele sem esperança e alegria
É porque não
tenho vergonha na cara
Porque
viciei em algema, corda e amarra
Ele escreve
frases para qualquer moça
Dizendo: “Ela
sofre, ela sente, ela é paz”
Um dia ele
beijou meu rosto que virou louça
Debaixo de
um firmamento misterioso e lilás
O Don Juan faz
da mulher, uma boneca inflável
Que depois
vira uma bailarina de caixa de música
Ontem, fui
um brinquedo, isto é lamentável
Hoje sou uma
dançarina numa canção lúcida
O Don Juan
sem nenhum sentimento
Realiza
cerimonial de casamento
Vendendo
bombom e tirando fotografia
Mas cuidado
com este Don Juan da Poesia.
Luciana do
Rocio Mallon
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