Lendas
Brasileiras Com Personagens Assexuais
Assexual é a pessoa que não
sente atração sexual e nem tem vontade de fazer sexo.
Alguns personagens de nosso
folclore, que leremos abaixo, podem ser considerados assexuais:
Vitória-Régia:
Numa aldeia do Norte do País,
existia uma índia chamada Naiá. Vários homens queriam se casar com ela, mas a
moça sempre recusava os pretendentes. Pois vivia dizendo que preferia se casar
com a Lua e virar estrela a deixar um homem tocar em seu corpo. Porém seus
conhecidos sempre diziam:
- Você não pode ser levada
para a Lua e virar estrela porque você é muito bonita. Por isto precisa se
casar e conhecer as delícias da paixão.
Porém, todas a noites Naiá,
ficava admirando a Lua.
Numa madrugada em que o luar
estava forte, esta donzela chegou à beira do rio e viu a imagem da Lua
refletida nas águas. Assim ela pensou que a Lua estava se banhando e tentou
abraçar o satélite natural. Porém, como não sabia nadar direito, morreu
afogada. A Lua ficou com pena e transformou a índia numa planta aquática
chamada Vitória Régia. Dizem que por Naiá ter morrido virgem, suas flores são
perfumadas e brancas.
Esta índia seria o que
chamamos de uma pessoa assexual romântica.
Amazonas
O mito das Amazonas,
corajosas e feministas, vem da Antiga Grécia. Reza a lenda que por elas serem
de uma raça superior não sentem desejo sexual e só usam os homens para a
reprodução. Por isto, costumam viver em aldeias, exclusivamente, de mulheres. Elas
costumam cortar o seio direito para melhor manusear as armas. Mas tem o poder
de escolher os tipos de homens com as quais desejam reproduzir. Se a criança
nasce menino elas dão para o pai criar, porém se nasce menina, estas mulheres
levam a pequena para a aldeia com o fim de educa-las, o que para as Amazonas,
não é tão difícil porque estas garotas já vem com a genética das guerreiras e o
dom de não ter interesse sexual.
Dizem que as Amazonas
chegaram à Região Norte do Brasil através do Estreito de Bering.
Em 1540, o
explorador espanhol Francisco Orellana, fez parte de uma jornada exploratória
na América do Sul, cruzando, então, o rio que penetrava
uma das mais misteriosas florestas. Reza a lenda que ele teria visto no reino
das Pedras Verdes, mulheres sem um dos seios, conhecidas pelos indígenas como
Icamiabas, expressão que tinha o sentido de ‘mulheres sem marido’. Assim, estas
moças derrotaram os brancos com seus arcos e flechas.
O estado do
Amazonas recebeu este nome por causa da lenda destas moças.
As Amazonas são
exemplos de assexuais arromânticas, pois não querem viver um relacionamento e o
sexo é só para a reprodução.
A Virgem do
Velório
Esta lenda tem
diversas versões em muitas partes do país. Mas me baseei num causo de Curitiba,
na cidade do Paraná.
Em toda a cidade,
sempre existe a figura de uma senhora solteirona que namorou pouco na
juventude, é tímida, inteligente e diz a todos que permanece virgem. Por isto,
torna-se vítima de bullying da vizinhança, que sempre costuma dar apelidos
pejorativos a esta figura como: geladeira, frígida, etc.
Nos anos
setenta, uma senhora, com estas características, faleceu em Curitiba e no seu
velório dois moços fizeram o seguinte diálogo, em voz alta:
- Será que ela
era virgem?
- Eu duvido!
Naquela noite, a
senhora morta apareceu nos sonhos dos dois e disse-lhes:
- Eu, realmente,
sou virgem. Tanto que os anjos me deram esta autorização, de descer à Terra e
falar isto a vocês.
Reza a lenda que
quando uma mulher virgem e que, nunca teve desejos sexuais, morre é melhor não
duvidar de sua honra. Pois, ela pode aparecer em seus pesadelos.
Luciana do Rocio
Mallon
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