Lendas de Paranapiacaba
Paranapiacaba é um subdistrito da
cidade de Santo André, onde existe um local considerado uma vila com muitas
casas antigas abandonadas. Ela foi construída no século dezenove para abrigar
os trabalhadores da companhia inglesa de trens São Paulo Railway.
Mas quando essa empresa foi
desativada, muitas pessoas saíram da vila.
Porém, o local abriga muitas lendas
urbanas que estão abaixo:
1 - Cemitério Indígena:
Paranapiacaba significa, em
tupi-guarani, lugar onde se avista o mar e por isso reza a lenda que esse local
antes de ser vila, foi um cemitério indígena. Pois os índios, daquela região,
acreditavam que sepultando as pessoas no alto da montanha, elas estariam mais
perto do céu de Tupã.
2 - O maquinista de Paranapiacaba:
No século dezenove, um maquinista
trabalhava numa companhia inglesa ferroviária nesse local, chamada São Paulo
Railway, numa estada de ferro que também passava por Santo André. Naquela época
o maquinista se apaixonou por uma moça de Santo André que seria obrigada a se
casar com um fazendeiro rico. Então ela fugiu da igreja e entrou dentro do trem
que ia em direção para a Vila de Paranapiacaba. Mas o trem teve um acidente e
os dois morreram. Reza a lenda que nas noites de Lua cheia esse trem vira
Fantasma e de dentro dele dá para ver a noiva com o maquinista.
3 - Lenda da Convenção de Bruxas e Magos de
Paranapiacaba e a Dança do Ritual do Fogo:
Em 2003, a mítica e
escritora, Tânia Gori, criou esse evento na vila, onde acontecem coisas mágicas
como essa abaixo:
Regina, uma amiga
que dançava Flamenco e Dança Cigana Artística foi nesse festival bem antes da
pandemia. Ela dançaria a Dança do Ritual do Fogo em um dos palcos. Regina estava ensaiando na parte de baixo do palco e uma mulher
fantasiada de bruxa disse:
- Para dançar a música, Dança do Ritual do Fogo do maestro De Falla, tem
que rezar para o fogo e pedir permissão para as salamandras que são elementais
do fogo.
Só que Regina esqueceu de pedir
permissão e na metade da coreografia deu curto-circuito em um dos focos.
Porém um rapaz foi rápido e pegou um extintor
. Assim evitou uma tragédia.
Então a moça disse para Regina:
- Eu avisei, pois sou bruxa de verdade.
Reza a lenda que todo o ano tem
esse festival de bruxas em Paranapiacaba
O local que em que a dançarina se
apresentou foi na Vila das Bruxas de Paranabiacaba
4 - A Noiva da Névoa:
A névoa que cai no final da tarde dizem que é o véu de uma noiva que foi
abandonada no altar
Nessa vila, no século dezenove, a filha de um operário português se
apaixonou pelo filho de um engenheiro inglês. Porém as famílias não concordavam
com o relacionamento.
Mas como a moça engravidou, a mãe da noiva achou melhor fazer o
casamento.
No dia do matrimônio, o pai do
noivo deu sonífero para ele e trancou o rapaz no porão.
Assim quando a noiva chegou na
igreja mentiram que o noivo fugiu com outra
Ela pegou o trem e se jogou na grota funda
Porém antes de se jogar do precipício ela disse:
- Já que meu Véu de noiva tem
mais de 5 metros de comprimento, ele se transformará numa névoa que cairá em
toda a tarde de inverno nessa cidade.
5 - Lenda do Vigia Fantasma de Paranapiacaba
No século dezenove, nessa vila
havia um vigia que batia na porta para ver se estava tudo bem.
Ele amava uniforme de guarda.
Então esse profissional sempre dizia:
- Quando eu morrer quero ser
enterrado com o uniforme de guarda para continuar trabalhando
Então um dia ele pegou
tuberculose, morreu e foi enterrado de uniforme
Dizem que até hoje, nas noites,
esse vigia bate nas portas das casas três vezes para ver se está tudo bem.
6 - Lenda do Guia Fantasma chamado João Ferreira:
Reza a lenda que ele morreu nas
montanhas.
Mas esse rapaz sempre aparece
para resgatar os turistas que se perdem lá
7- Lenda do Trem-Fantasma dos 13 Operários:
Também tem o trem-Fantasma onde morreram 13 operários num acidente, pois
uma caldeira explodiu e esse trem aparece nas noites de Lua cheia saindo e
voltando para a estação número 13.
8- Lenda do Relógio Fantasma na
Torre, Que Foi Inspirado no Big Ben:
Um maquinista com miopia
confundiu o número romano IV com o VI.
Achando que estava atrasado, o moço deu a partida e colidiu com outro
trem.
Por isso mudaram o número 4 para
IIII
Dizem que às vezes as pessoas escutam o barulho de um trem que nunca
chega
9 - Lenda da Casa do Engenheiro Chefe:
Ela fica no alto da vila, virou
museu e dizem que há fantasmas lá. Inclusive tem o quadro do engenheiro, Daniel
Fox, que segue os visitantes com seus olhos.
10 - Lenda do Fantasma do Balanço
ao Lado do Clube União Lyra Serrano:
É um balanço que se balança
sozinho porque o espírito de um garoto sente nele.
Dizem que esse menino era filho
bastardo do engenheiro chefe e ele amava aquele balanço do parquinho.
Porém, o garoto pegou gripe
espanhola. Mas mesmo doente insistiu em ir ao porquinho e morreu naquele
balanço
Por isso o balanço se balança
sozinho. Pois é o espírito desse menino
Dizem que ele aparece para outras
crianças e convida para brincar.
11- Lenda dos Bailarinos do Clube União Lyra Serrano:
Reza a lenda que uma bailarina que dava aulas de balé nesse clube
faleceu em uma apresentação e até hoje surge dançando e que até ensinou passos
de balé para meninas que entraram na sala de Dança desse clube abandonado sem
saber que ele era assombrado.
Também dizem que existe um bailarino de sapateado e dança de salão que
era namorado dessa bailarina e que também aparece dançando.
Luciana do Rocio Mallon
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