Conheça a
Verdadeira Origem da Expressão “Moça do Job”
Nesses
últimos dias, recebi várias mensagens como:
- Lu, você
que curte Etimologia, sabe qual é a origem linguística da gíria, “mulher do job”,
para designar acompanhante?
Minha
resposta abaixo:
- Antes de
responder a sua pergunta, minha cabeça voltou para o ano de 1992 nas aulas de
História do professor, Pedro Oliveira, que dizia:
“- A função
de acompanhante é conhecida como a profissão mais antiga do mundo porque existe
desde a época das cavernas. Pois isso já foi comprovado através de figuras rupestres.
“
Então pesquisei
e confirmei que isso sempre foi verdade mesmo.
Algum tempo
depois, em meados dos anos 90 no curso de Letras da UFPR, aprendi que na Idade
Antiga, onde hoje se localiza os países anglo-saxões, o povo usava as
expressões: “ollder job” e “old job” para se referir às mulheres que
trabalhavam como acompanhantes. Pois desde aquela época, as pessoas já sabiam
que essa sempre foi a profissão mais antiga do mundo.
Já, na Idade
Média, por motivos religiosos essas expressões foram proibidas. Mas foi nessa
época que surgiu a gíria, Casa da Luz Vermelha, porque as acompanhantes
deveriam ficar em bordéis longe das aldeias e para a identificação deles era
obrigatório, o estabelecimento ter um lampião e uma lanterna, pintados de
vermelho, com uma vela dentro para a identificação. Já que a cor vermelha sempre
foi associada ao pecado e à sensualidade.
O tempo
passou e em 2020, chegou a pandemia. Assim, durante esse período,
influenciadoras digitais, que trabalhavam com conteúdos sensuais, passaram a se
identificar como “moças do job”. Assim a gíria se espalhou e chegou aos
funkeiros que fizeram músicas com essa expressão.
Mas
infelizmente, na verdade, tudo isso mostra a triste realidade da objetificação
do corpo da mulher desde a época das cavernas. Mas só é possível acabar com
esse fenômeno através de informação e políticas públicas. Pois, tristemente, a
profissão mais na antiga do mundo vem sendo glamourizada porque poucas pessoas
falam dos seus riscos que são muitos, entre eles vemos: infecções
transmissíveis através das relações íntimas, exposição não autorizada de
conteúdo íntimo nas redes e feminicídios.
Luciana do
Rocio Mallon
#lucianadorociomallon
Nenhum comentário:
Postar um comentário