terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Naiara, Iara e as Redes

Naiara, Iara e as Redes

Naiara, com alma de maravilha
Não se dá bem com sua família
Por isto, lá fora, dorme na rede
E vai ao rio para matar sua sede

Ela dorme na rede de pano colorido
Enquanto brinca com o seu celular
Para deixar seu espírito menos aflito
Rezando, toda a noite, sob a luz do luar!

Mas quando ela foi beber água no rio
Sentiu a presença de um arrepio
Pois, escondida, estava a Iara
A mãe-d’água tão doce e rara

Que se libertou de uma rede de pescador
Quando a moça foi tomar água com ardor
Assim a Iara com sua alma de bailarina
Seguiu a pobre e humilde menina

E viu que ela dormia numa rede antiga
Então com uma magia pura e amiga
Ela fez Naiara dormir na areia do mar
E uma sereia cantou um segredo no ar!

Assim Naiara também virou sereia
Sob a luz prateada da Lua cheia
Porém num dia repleto de dor
Ela caiu numa rede de pescador

Deste maneira deixou de ser sereia
E a pobre voltou a morar na aldeia
Para voltar a dormir numa rede colorida
Enquanto sua mente agitada e atrevida

Perde-se numa rede social
De uma forma especial.
Luciana do Rocio Mallon










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