domingo, 8 de dezembro de 2024

Lenda do Fantasma da Janela do Ônibus

 

Lenda do Fantasma da Janela do Ônibus

Agora, no final de 2024, a mídia só fala sobre a moça que não cedeu seu lugar, ao lado da janela, do avião para uma criança mimada.

Esse acontecimento me fez lembrar de um causo assombrado que vivi, em 1979, aos cinco anos de idade.

Naquela época, eu pegava um ônibus chamado, Uberaba, que passava na Avenida Salgado Filho.

Nesse coletivo, havia dois lugares, em fileiras, bem ao lado da janela do ônibus onde era possível ver o motorista dirigindo. Dessa maneira, sempre quando eu subia no ônibus, via uma menina loira, sentada no primeiro lugar e eu gostava de ir no segundo assento, atrás dela, porque gostava de observar o chofer dirigindo. Um dia perguntei para a menina:

- Por que você senta sempre aqui?

Ela respondeu:

- Porque gosto de ver o motorista dirigindo, pois um dia quero exercer essa profissão também. Aliás, nem a morte é capaz de me tirar desse banco.

Eu comentei:

- Também curto ver como o chofer trabalha.

Uma vez, subi no ônibus e vi que essa menina não estava mais naquele mesmo local. Então indaguei em voz alta:

- Cadê minha amiga que sentava no primeiro assento?

O chofer respondeu:

- Infelizmente ela faleceu atropelada ao atravessar a rua para tomar esse ônibus.

Assim fiquei triste e sentei no mesmo lugar como de costume.

Porém notei que uma mulher entrou no coletivo e sentou no assento que a falecida costumava sentar. De repente, ela exclamou ao mesmo tempo que se levantou:

- Senti um calafrio com arrepios aqui!

Depois entrou um adolescente que também sentou no lugar da minha amiga e no mesmo instante exclamou:

- Parece que me chutaram quando eu sentei!

Dessa maneira, notei que dia após dia, ninguém conseguia sentar no banco da falecida porque alguém sempre se sentia mal.

Porém, numa certa tarde, entrei no ônibus e vi que tiraram o banco da falecida e no lugar, que julgava ser meu, tinha um homem bigodudo. Desse jeito cheguei perto e perguntei:

- Por favor, poderia me ceder esse assento, pois sento aqui todos os dias?

Ele disse não, mas fiquei insistindo. De repente, chutei esse homem e gritei:

- Esse é meu lugar e na minha frente tinha o banco de uma amiga que morreu!

O rapaz saiu e ainda reclamou:

- Essas mães não dão educação!

Minha mãe, que sempre me acompanhava no coletivo, ficou vermelha num assento atrás da roleta. Porém vi que no mesmo local onde era o banco da frente, a falecida estava dando risadas e como um raio sumiu sem nenhuma explicação.

Luciana do Rocio Mallon

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