Entrevista Com Cristiane Divina

 

Entrevista Com Cristiane Divina

Meu nome é Luciana do Rocio Mallon e como todos sabem estou entrevistando artistas, nesta época de pandemia, para divulgar os trabalhos deles. A entrevistada de hoje é a dançarina Cristiane Divina, viúva do escritor Roberto de Souza Coelho Filho.

1 – Como e quando você decidiu que gostaria de ser dançarina? Na verdade comecei na dança aos 11 anos com Jazz, na época eu estava crescendo muito rápido, e poderia ter um problema sério de postura, então o médico indicou alguma atividade, primeiro fiz natação por dois meses, mas não me adaptei. Aí minha mãe me colocou no Jazz, a dança na verdade era algo que ela gostava, mas não exercia, fiquei por um período de quase 1 ano, fiz até apresentação em teatro, mas parei uns meses depois, voltei aos 15 pelo mesmo motivo, fiz pouco tempo. Mas nesse pouco me dediquei mais, e acabei pegando gosto, mas a professora e dona da academia mudou-se de estado, e tive que parar, aí aos 18/19 anos uma cliente da minha mãe iria ficar um período aqui no litoral e ela era árabe e dançava dança do ventre, fiz só uns 2 meses e ela teve que ir conhecer o noivo. Pois na cultura deles alguns casamentos são arranjados, e ela já ficou por lá, e aqui na baixada na época não consegui encontrar mais quem desse aula, fiz outras atividades como boxe, natação, musculação, aeróbica, pois sempre tinha que fazer algo devido a saúde, fiz por 1 ano e parei, e logo em seguida me casei aos 23 anos, e não fiz mais nenhuma atividade, aos 35 fiquei viúva, e 1 ano depois a saúde física começou a dar indícios de problemas novamente. Mas eram coisas que não me prejudicava então não dava atenção, até que com 38 tive problemas no tornozelo, aos 40 fiquei com a coluna travada por 4 meses e todo ortopedista que eu ia, falava que era sedentarismo, até que encontrei um ortopedista abençoado, e me disse que realmente sedentarismo pode ocasionar problemas, mas que não era normal uma mulher de 43 anos ter tantas dores nas articulações, e travar dessa forma, fez exames, deu 8x mais, do que o máximo permitido de acidez no sangue, que poderia ser poliortropatia inflamatória, me encaminhou para reumatologista para ter certeza do diagnóstico, e disse pra mim procurar uma atividade física que eu gostasse e aguentasse fazer devido as dores, pesquisei o que eu poderia estar fazendo perto da minha casa, e por sorte, achei minha atual professora de dança do ventre, Kimberly Canalonga, olhei os perfis dela e do trabalho dela, que apesar de novinha na época(19 anos), gostei do trabalho dela, conversei com ela bastante, expliquei os problemas de saúde, ela disse que tudo que os médicos fossem informando eu repassasse a ela, e percebi que além de talentosa, tinha paciência, e eu precisava disso e começamos as aulas, um trabalho muito doloroso, pois eu era uma mulher de 43 em um corpo de 100, não aguentava mais me agachar, levantar o braço por completo, e outras coisas, 1 ano após iniciar as aulas, um pouco melhor. Mas ainda sem um diagnóstico certo de uma reumatologista, pois no Brasil o sistema do SUS é lento de mais para exames e consultas, fiz minha primeira apresentação, por insistência da professora, que é totalmente diferente de outras professoras, que só ensinam mas não incentivam o aluno a se apresentar, e mesmo com minhas dificuldades de alguns movimentos, ela fazia outras formas de movimento na coreografia para que eu conseguisse fazer, e me sentisse segura no palco, e depois da primeira apresentação peguei gosto, alguns meses depois das apresentações, no ano passado, eu tive o diagnóstico da reumatologista (fibromialgia) e iniciei o tratamento medicamentoso, e logo veio fim de ano, e tenho que parar as aulas, pois trabalho na praia, e volto só em março, aí esse ano mal tinha iniciado a volta das aulas de dança veio a pandemia, parei com aula, e retornei a reumatologista que me passou tratar medicamentoso também indicou nutricionista, que me passou inúmeros medicamentos, suplementos, e vitaminas para complementar ao tratamento da reumatologista e por ordem delas me falaram pra voltar a dança o mais rápido, mas tomar as medidas de segurança atuais, falei com minha professora, aí então ela começou a pegar mais pesado nos alongamentos e movimentações, e hoje já estou conseguindo me agachar, coisa que e não fazia há 3 anos e hoje com praticamente 46 anos(completo em novembro), estou feliz por estar conseguindo fazer coisas que não conseguia mais, e muito agradecida a professora de dança que junto com todos os tratamentos que eu fui atrás, entre médicos, medicamentos, suplementos e vitaminas, estou melhor, não sei se terei a mesma mobilidade dos meus 20 anos, mas a evolução que já tive, você não tem noção da felicidades que é, e mesmo tendo que parar nos períodos de fim de ano, devido trabalho na praia, não vou parar mais parar de dançar.

 

 

 

 

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2- Quais os estilos que você Dança? No momento, Dança do Ventre.

3- Quais são as qualidades que uma aluna de Dança precisa? A maioria acha que pra ser uma dançarina, precisa ser jovem, um corpo escultural, mas na dança do ventre, você precisa apenas gostar do que faz, ter persistência, dedicação, não ter medo de falar com o profissional que lhe ensina, apesar das suas dificuldades, sejam elas de movimento devido a saúde, devido a falta de entendimento do movimento, encontrar um profissional que tenha paciência, empatia, persistência além do talento dela.

4- Como foi sua trajetória na Dança? Em resumo, pois já detalhei na primeira questão, dor, medo, felicidade.

5- Como foi a reação da sua família quando você confessou que gostaria de ser dançarina? Rsrs olha na verdade eu ainda não me considero uma dançarina, pelo menos não profissional, apenas uma aluna que quer melhorar sua auto estima, empoderamento, saúde, mas se aparecer apresentação como aconteceu, eu vou com todo carinho.

6 – Seu marido foi escritor e deixou um livro, qual era o nome dele e sobre o que o livro trata? Sim, ele era escritor iniciante, na verdade ele deixou 3 livros, que desses 3 tenho o direito autoral registrado de 2, e letras de músicas baseados em 2 livros(não tenho direito autoral, nome dele era Roberto de Souza Coelho Filho. Meu marido era escritor iniciante, amante e estudioso da física quântica, ufologia, ocultismo, dentre outras coisas, e esses livros vinham em sonho por partes, escreveu o primeiro livro em 2000. Em 2002, através de um concurso literário, realizado na baixada santista, por uma editora recém aberta, onde o primeiro lugar de cada categoria, teria como premio, a publicação de seu livro, ganhou primeiro lugar na categoria infanto-juvenil, com isso, se sentiu incentivado a escrever continuações do mesmo, o primeiro foi publicado em 2005. Mas como a editora estava iniciando e infelizmente não tinha muito conhecimento de como trabalhar bem com um livro, e nem da máfia que é o mundo literário no Brasil. Pois aqui, além de ter um bom dinheiro para investir em certos tipos de projetos, tem que ter padrinho, a editora não conseguiu lançar o livro na mídia, apenas fez a tiragem. Mas infelizmente depois fechou, e hoje ela não tem nenhum vínculo com o projeto. O livro é divertido, contém ensinamentos sem impôr, explicando sobre a natureza e como interagir com ela, respeito com as pessoas, os animais e consigo mesmo. Livro 1 "Bolinha um Coelho a procura de animais que Falam"(tenho o direito autoral)-Onde um Coelho e dois pré-adolescentes, descobrem que antigamente os animais do planeta falavam, e por algum motivo, foram proibidos, se perde a linguagem desses seres, e hoje alguns animais ainda falam, embarcam em uma aventura pra lá de atrapalhada e alucinante. Livro 2 (tenho o direito autoral) "Toquinho o Gato Cientista"-Continuação da saga do coelho Bolinha onde nessa história, Bolinha encontra um gato que fala, e surpreendentemente é um gênio da ciência quântica, que constrói uma máquina do tempo, e juntos voltam ao passado, à procura dos primeiros animais que falavam no planeta. Livro 3 "O futuro de todos"(não tenho o direito autoral)-continuação da saga do coelho Bolinha, com outros animais que falam, e nessa história terão que passar por várias provas de auto conhecimento científico e espiritual, para poder restabelecer a ordem cósmica no planeta, antes que o cristal da ordem, e harmonia planetária se dissolva por completo, destruindo tudo que existe no planeta. Todas essas histórias ele se baseou em nossos animais de estimação, os personagens de animais não são humanizados, ou seja, estilo coelho Pernalonga, a base são animais de verdade. Pode ser feito filme, história em quadrinhos, série, desenho animado, filme animado, utilização dos personagens em campanhas, o que quiser, devido a historia maravilhosa e também por terem letras de músicas, baseados nos personagens e nas histórias dos livros 1 e 2 (não tenho o direito autoral), pois ele já tinha em mente essas possibilidades.

7 – Como a Literatura e a Dança podem ajudar o ser humano? Com certeza, ambos podem ajudar o ser humano em inúmeros processos, estejam eles em desenvolvimento ainda crianças ou já adultos, o livro pode ajudar o desenvolvimento imaginário, a dança o desenvolvimento e desempenho físico, com livro pode viajar sem sair do lugar quando entra na história, na dança pode viajar sentindo a música e mostrando o sentimento dela nos movimentos com corpo. Eu posso ficar aqui citando muitas coisas em que ambos podem ajudar, e mesmo assim não será o suficiente, pois é infinito.

8 – Cite alguns canais onde as pessoas podem encontrar seus trabalhos com Danças. Então, nos momento e coloco nos meus perfis do Facebook e Instagram, mas pode encontrar ele por completo nas páginas do estúdio, Instagram @estudiodedancaskim , Facebook estúdio de danças e, YouTube estúdio de danças Kim.

9 – Cite alguns contatos, caso alguém queira contratar você. Tanto para promover o livro seja como texto, filme, etc, ou apresentação de dança, meus perfis Facebook pelo meu nome Cristiane Divina de Souza Coelho, Instagram cris1ciganinha e whatsapp +55 13 997064075.

Perguntas elaboradas por: Luciana do Rocio Mallon