Lenda da
Gravidez Psicológica
A gravidez
psicológica é um transtorno emocional que, geralmente, atinge mulheres que
desejam muito ter um bebê e não conseguem. Moças que possuem este problema
psicológico podem ter as mesmas características de uma gestante normal, como:
crescimento da barriga, enjoo e ausência da menstruação.
Alguns
historiadores afirmam que, na Idade Média, quando uma mulher era identificada
com este tipo de gestação imaginária, ela era queimada na fogueira porque, segundo
uma tradicional crença, ela teria tido relações com o demônio.
Este
equívoco teria origem na lenda abaixo:
Na Idade
Antiga, Taís morava numa aldeia onde uma mulher casada para ser bem aceita na
sociedade deveria ter filhos. Este era um dos motivos que levava esta moça,
recém-casada, a desejar ser mãe.
Mas, o tempo
passava e a jovem não conseguia engravidar. Até que ela resolveu consultar
Genoveva, a bruxa da região. Ao chegar à casa da velha feiticeira, a idosa
disse-lhe:
- Eu sei que
você deseja uma simpatia para engravidar. Então faça o seguinte: pegue o feto
de um bebê morto e enterre debaixo da semente de uma flor, numa noite de Lua
Cheia.
A moça ficou
desapontada, pois logo indagou:
- Onde
acharei um feto de criança falecida?
Alguns dias
depois, sua prima deu à luz a um neném morto. Deste jeito, Taís tratou de roubar
este material e fez o feitiço.
No mesmo
dia, ela sonhou que um homem muito bonito lhe possuía. Assim, a partir daquela
noite, Taís passou a ter sintomas como: enjoos, aumento da barriga, desejos
alimentares e parada na menstruação. Logo, ela pensou que estava grávida. Mas,
a velha parteira da vila disse que não existia gravidez de verdade e que a
gestação era apenas emocional.
A jovem,
inconformada, contratou um médico famoso na região, que também comentou que a
gravidez não era real.
Nove meses
se passaram e não nasceu criança alguma. Porém no dia em que completou o décimo
mês, Taís escutou um choro de recém-nascido na porta de sua casa e notou que
havia um bebê numa cestinha. Porém, ao mesmo tempo, ela percebeu que sua
barriga de grávida tinha sumido. Deste jeito, a moça e seu marido adotaram o
neném. Porém, na rua, as outras pessoas não viam criança alguma e chegaram afirmar
que o casal havia enlouquecido.
Um mês
depois, o bebê faleceu e foi enterrado pelo casal no quintal de casa. Naquela
noite, Taís viu o mesmo homem , com que havia sonhado há dez meses atrás,
desenterrando o bebê. Este mesmo rapaz exclamou:
- Agora, vim
buscar meu filho!
Após estas
palavras o chapéu do homem caiu fazendo com que chifres ficassem à mostra.
Depois deste
fato, Taís enlouqueceu.
Luciana do
Rocio Mallon
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