Minha Pele é
Seu Papel
Minha pele é
seu papel em branco
Onde você
desabafa seu segredo franco
Porém, em
cada desesperado amasso
Ele não
enruga, apenas vira abraço
Minha pele é
uma folha bastante lisa
Seus dedos
são coloridas canetas
Meu suor se
evapora no carinho da brisa
Em suas
frases proibidas e xeretas
O meu corpo
inteiro é um caderno
Onde você
traça linhas retas e azuis
Para
escrever um poema terno e eterno
Vestindo-me com
uma faixa de luz
Minha pele é
uma misteriosa cartilha
Onde você
corrige a lição do momento
Banhando os
poros com sabonete de baunilha
E depois
secando meu corpo ao vento!
Minha pele é
seu papel em branco
Onde
você desabafa seu segredo franco
Porém, em
cada desesperado amasso
Ele não
enruga, apenas vira abraço.
Luciana do
Rocio Mallon
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