Amarrada na Roseira
Fechei os olhos sob a
Lua rara
Para receber um simples
beijo
Mas você me deu um tapa
na cara
Ao som de um prateado
lampejo
Após isto me amarrou na
roseira
Começando pelos meus
finos braços
De uma maneira muito
faceira
Fez nos meus membros
vários laços
Senti os espinhos na
pele macia
Assim transformei-me
numa rosa
Escrevendo com dor a
poesia
Na folha da pétala
maravilhosa!
Amarrada na grande roseira
Senti o espírito do seu
amor
Com alma da mais pura
feiticeira
Notei que a beleza
nasce da dor!
A luz da lua acendeu o
brilho
Do meu apertado
espartilho
O meu sangue escorrido
virou aurora
Da madrugada que nunca
chora
Porém sob a luz do Sol
Você chegou como farol
Desamarrou os laços de
cetim
E a depressão que havia
em mim
Amarrada na grande
roseira
Descobri que tenho um
real dono
Então de uma forma
verdadeira
Não posso desistir do
meu sonho.
Luciana do Rocio Mallon
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