Meu Apoio ao
Bruno
Semana passada,
um rapaz robusto postou uma foto segurando um cartaz assim:
“ Meu nome
não é Gordão
Meu nome é
Bruno.”
A placa veio
acompanhada de um texto onde o moço explica que é chamado de Gordão até pelos
funcionários do comércio da cidade, o que caracteriza desrespeito com o
cliente.
Logo pessoas
insensíveis escreveram que o rapaz estava de “mimimi”.
O problema é
que estas pessoas não compreendem que bullying é coisa séria. Afirmo isto porque
passei por situação semelhante, aos 15 anos de idade, em 1989.
Na época
minha família tinha se mudado para uma cidade do interior do Paraná. Como eu
era obesa e masculinizada, os adolescentes da escola me deram apelidos como:
baleia, sapatão, balão, bujão de gás, etc.
Também
caçoavam de mim porque eu não conseguia arrumar namorado e nunca nenhum menino
tinha me beijado na boca.
Uma vez me
deram uma cueca preta com as palavras: baleia e sapatão escritas em esmalte
vermelho.
Eu que já
estava deprimida, comprei veneno de rato e tomei na escola. Só fui acordar no hospital
da cidade quando a enfermeira disse que tinham feito lavagem no meu estomago.
Portanto, eu
dou apoio total ao Bruno e peço para que as pessoas que praticam bullying
saibam que por trás de uma pessoa, que não corresponde ao padrão de beleza
imposto pela sociedade, existe um ser humano com coração e sentimentos.
Luciana do
Rocio Mallon
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