Lendas das
Cartas-Fantasmas
Hoje é 25 de
janeiro, dia do Carteiro e da Carta.
Logo me
lembrei da lenda das cartas-fantasmas.
Nos anos 90,
eu costumava escrever poemas para o Programa Love Songs, apresentado pelo
locutor Vargas, na rádio Caiobá-FM.
Na época eu
frequentava a biblioteca da faculdade para fazer trabalhos escolares. Numa
manhã, emprestei um livro, mas no meio dele tinha uma carta lacrada na cor rosa
toda amarelada de tão antiga que era. Aliás, a remetente era uma mulher e o
destinatário, um homem.
Porém pesquisei
na lista telefônica e os endereços de ambos não existiam.
Então
coloquei essa carta original dentro de outra correspondência e mandei para o
locutor, do programa romântico da rádio, explicando a situação.
Dias depois
ele comentou sobre o causo no ar e logo a remetente da carta ligou para a
rádio. Assim, ela explicou que a missiva era para um amor de infância. Mas
antes de colocar a correspondência no Correio, a mulher descobriu que o moço
tinha se casado e por isso desistiu de mandar a correspondência.
Depois,
dessa revelação no programa, o rapaz entrou em contato com a rádio e confessou
que ficou viúvo dez anos depois do casamento.
Porém, antes
de se reencontrar com sua amada de infância, esse moço teve um AVC e faleceu.
Mesmo assim
a moça passou a escrever cartas de amor para seu amado através da rádio. Porém,
alguns meses depois ela faleceu também.
Mesmo assim,
o locutor continuou lendo cartas de amor de um para o outro através da emissora.
Não sei se
as cartas vieram do além ou se eram correspondências antigas que foram lidas só
depois da morte do casal.
Mas uma
lição aprendi: cartas sempre tiveram o dom de aproximar as pessoas.
Luciana do
Rocio Mallon
#diadocarteiro
#cartas
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