domingo, 18 de outubro de 2020

Uma Carteira de Trabalho Assinada Mais de uma Vez, Era Assassinada de um Jeito Descortês

 

Uma Carteira de Trabalho Assinada Mais de uma Vez, Era Assassinada de um Jeito Descortês

Ontem, escrevi um texto sobre pessoas que são humilhadas quando buscam emprego. Então, eu queria digitar a expressão “carteira assinada”. Mas o corretor sacana do celular colocou: “carteira ASSASSINADA.”

Isto me fez lembrar uma conversa, que tive com uma idosa, sobre o mesmo assunto e ela disse:

“ – De 1950 até 1980, era comum a pessoa conseguir o primeiro emprego, ficar nele a vida inteira, e se aposentar na mesma firma. Pois quem tivesse mais de um registro no documento, a carteira não era considerada assinada e sim ASSASSINADA, pois a pessoa não ficava bem vista diante da sociedade. Por isto existe aquele ditado: “Pedra que rola muito não forma limo”. Naquele tempo, a comunidade ficava desconfiada com criaturas que mudavam muito de emprego. Hoje, com a instabilidade da Economia e diversos fatores, esta mentalidade mudou.”

Assim cheguei à conclusão que agora, principalmente nestes tempos de pandemia, muitos seres que perderam o emprego resolveram trabalhar como autônomos sem a tradicional carteira assinada por uma questão de sobrevivência.

Luciana do Rocio Mallon


 

 


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