Sou a Guardiã do Umbral
Eu sou a guardiã do Umbral
Triste, doce e amordaçada
Por uma maldição do astral
Por isto nunca serei amada!
Minha roupa é uma capa transparente
Por baixo tenho um baby doll de cetim
Minha pele é fria, não é ardente
Apesar da cor porcelana de marfim
Nas minhas mãos, tenho uma lanterna chinesa
Que ilumina a escuridão dos espíritos perdidos
Flutuo com sutileza com as sapatilhas da delicadeza
Para socorrer os depressivos e aflitos
Mas eu falo com os antepassados e mortos parentes
Pois tenho permissão de entrar nos túneis dos inconscientes
Não posso ser tocada, preciso ser virgem
Para que as portas não percam sua origem
Mas todo o cafajeste que comigo mexer
Irá chorar de amor até amanhecer
Amando qualquer mulher vulgar
Que tem o poder do prazer
Mas que trai sem parar
Seduzindo homem por prazer.
Luciana do Rocio Mallon
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