Acredito em Reencarnação, Pois Até Meus Objetos Reencarnam

Acredito em Reencarnação, Pois Até Meus Objetos Reencarnam

Hoje, me perguntaram se acredito em outras vidas

Eu respondi que sim, mesmo que almas fiquem doídas

Todo o espinho afiado se transforma em margaridas!

Neste universo, o espírito nunca tem fim

Até meus objetos reencarnam, sim!

Quando vejo um pé-de-meia perdido na máquina de lavar

Logo costuro o pobre sob a luz do infinito luar

Assim ele vira bola para crianças carentes

Com seus sorrisos doces e inocentes

A embalagem de margarina vazia

Transforma-se num pote no mesmo dia

Os copos de requeijão e massa de tomate

Logo viram copos para sucos tropicais

Reencarnação é para quem tem criatividade

Viajando nos mistérios de diversos astrais

A camiseta rasgada vira pano de limpeza

Sou dona-de-casa e não uma princesa!

A lata usada de óleo vira bule sem alça

Que no café da manhã dança uma valsa

Um plástico gigante vira capa de chuva

Imaginação sempre é uma mão na luva

O Bom-Bril vira ajudante de antena

A reencarnação me inspira este poema.

Luciana do Rocio Mallon