Fetiche,
Fantoche, Fantasia, Fanta e Azia
Na sedução,
posso até ser um fetiche
Pois é
melhor do que ser um fantoche
Em vez de
cama redonda, prefiro beliche
No meu
pescoço há uma coleira com broche
Eu sou um objeto
impossível de tocar
Mas é melhor
do que ser uma criatura
Manipulada
com toques na força do olhar
E caindo em
golpes repletos de loucura
Eu não sou matéria,
mas na fantasia
Sou mais
fanta do que azia
Porque curo
algo cruel e indigesto
Mesmo quando
me chamam de resto
Eu sou uma
estrela distante
Que não pode
ser alcançada
Ajudo com
minha luz brilhante
Mas nunca
estarei apaixonada
Fantasia, fanta,
azia, fantoche e fetiche
Não quero
que ninguém me toque, o resto que se lixe
Fantoche,
fetiche, fanta, azia e fantasia
Só fico nua
nas letras despidas da Poesia.
Luciana do
Rocio Mallon
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