Lenda do
Bairro Barreirinha e o Escultor do Cemitério da Capela
Reza a lenda
que no século dezenove, em Curitiba, algumas pessoas iam pegar água numa
cachoeira mágica, onde hoje tem um bairro com o mesmo nome. Porém esta cascata
sumiu com o tempo.
Para as
criaturas chegarem até a esta cachoeira precisavam passar antes em uma região,
úmida e com muito barro, onde as carroças atolavam. Entre as pessoas que
pegavam água da cascata estavam Castorina e seu filho José, que possuía
problemas neurológicos. Mas que fazia esculturas lindas com qualquer material.
Num dia
frio, a carroça que Castorina, seu filho e outras pessoas estavam entalou bem
naquele lugar antes da cachoeira. Então José desceu e fez uma escultura de
mulher com o barro. Porém a moça criou vida e começou a conversar com o garoto.
Assim sua mãe ficou braba e brigou com o garoto:
- Pare de
conversar com a mulher de lama porque uma moça feita de barro é apenas uma
barreirinha!
Desta
maneira Castorina pegou seu filho, colocou na carroça e como o barro já tinha
saído do veículo, foram até a cachoeira.
Assim toda a
vez que esta mulher ia até a cascata e a carroça entalava no barro, José fazia
uma escultura de moça e ela gritava:
- Pare de
brincar com esta barreirinha!
Deste jeito
o local antes da famosa cachoeira passou a se chamar Barreirinha.
Reza a lenda
que José morreu de tuberculose e foi enterrado no cemitério da capela chamada
Antônio Prado, na colônia com o mesmo nome, porque ele tinha parentes lá. Dizem
que quando chove, o escultor sai de seu túmulo para criar esculturas de
mulheres feitas de barro e lama.
Luciana do
Rocio Mallon
Há artistas que parecem viver apenas para desfrutar a companhia de suas obras
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