domingo, 30 de abril de 2017

Belchior, o Rapaz Latino Americano Viajou Para o Céu

Belchior, o Rapaz Latino Americano Viajou Para o Céu
Hoje aconteceu algo cruel
Belchior viajou para o céu
Um dia ele retratou a juventude
Com realidade e atitude

Através das suas músicas e poesias
Belchior trazia reflexões e alegrias
Com sua alma suave de flor-de-lis
Ele compôs lindas canções para Elis!

Belchior ficou anos afastado da mídia
Porque, hoje, Poesia não dá dinheiro
A ganância da sociedade é perfídia
Belchior sempre foi um poeta verdadeiro

Belchior, já foi um rapaz latino americano
Enfrentando as dificuldades deste mundo
Hoje ele virou um anjo em outro plano
Com um espírito divino e profundo.
Luciana do Rocio Mallon


sábado, 29 de abril de 2017

Lenda do Chimarrão

Lenda do Chimarrão
Na América do Sul, existia uma índia chamada Yari, que gostava de cuidar de idosos e de animais. Ela, também, fazia brinquedos com os recursos da natureza. Um dia esta garota pegou a cuia, fruto da cuieira, uma corda e, com estes materiais, fez um pião. No meio da brincadeira, esta menina escutou a voz de Tupã:
- Tenha sempre cuias por perto. Pois, elas serão instrumentos básicos para que você faça uma bebida mágica.
O tempo passou, Yari cresceu e chegou a hora da tribo, desta moça, partir para outras terras. O problema é que o pai desta jovem estava muito idoso e não conseguia mais andar. Então Yari afirmou que permaneceria com o seu pai, no mesmo local, e abriria a mão de um casamento. Assim eles transformaram a velha tapera em hospedaria no verão. Pois, no inverno, estes índios costumavam morar debaixo da terra.
Numa tarde ensolarada, um homem vestido com roupas semelhantes de um astronauta, apareceu e pediu pousada para Yari e o pai. Desta forma, os dois trataram o hóspede muito bem. Na manhã seguinte o moço misterioso confessou que era um anjo enviado de Tupã e, por sua boa ação, estes índios teriam direito a um pedido. O idoso pediu para recuperar sua saúde com o objetivo de deixar Yari livre. Deste jeito o mensageiro de Tupã mostrou a muda de uma planta chamada Caá, pegou uma cuia e um canudo de bambu. Depois explicou como se prepara a bebida com a planta, colocou o liquido na cuia e botou o canudo dentro dela. Após isto deu para o ancião tomar. De repente, o idoso sentiu-se vigoroso e forte. Por isto gritou a palavra:
- Chimarrão!                                                    
Pois no idioma daqueles índios chimarrão era a palavra usada para designar a pessoa, ou, animal que estava doente, mas se recuperou de uma forma mística.
Depois deste acontecimento, o mensageiro de tupã exclamou para Yari:
- Moça, por ter executado um comportamento exemplar à vida inteira cuidando de idosos e animais, você foi promovida de humana para a Deusa da Erva-Mate!
- Agora, sua missão é ensinar o preparo desta bebida para todos os índios e até para os brancos que tentam catequiza-los.
Então a índia pegou seu cavalo e partiu para sua longa missão. Deste jeito ela ensinou a fazer o chimarrão para todos os indígenas. Uma vez ela entrou em uma missão jesuíta e viu um frade falando ao outro:
- Tem uma bebida estranha, dos índios, chamada chimarrão. Ela é muito esquisita, por isto temos que proibi-la.
De repente, Yari entrou e disse, com uma cuia nas mãos:
- Boa tarde!
- Gostariam de experimentar este liquido?
Os padres aceitaram e comentaram:
- Excelente!
- Qual é o nome desta bebida?
A índia explicou:
- O nome deste líquido é chimarrão. Porém, contarei mais uma novidade:
- Esta bebida tem o poder de tirar alguns índios do vício do alcoolismo.
Então os padres decidiram não proibir o chimarrão e notaram que esta bebida tinha a magia de tirar os índios do vício do álcool.
Reza a lenda que Yari anda até hoje pelo Sul da América do Sul, com o seu cavalo encantado e com um chimarrão nas mãos.
Luciana do Rocio Mallon







Quando Você Ora Por um Amor Que Ainda Não Conheceu

Quando Você Ora Por um Amor Que Ainda Não Conheceu
Quando você ora por um amor que ainda não conheceu
Um anjo perdido volta a possuir asas e sai do breu              
Uma flor desabrocha no mais seco e árido deserto
Porque sente que a esperança está por perto

Quando você ora por um amor que ainda não viu
O espírito desta pessoa vira uma estrela cintilante
Iluminando o misterioso céu anil
Com sua alma radiante e brilhante

Quando você ora por um amor que não conheceu
O coração desta pessoa se abre como uma janela
Esperando um sinal exclusivamente seu
Atrás de uma paixão verdadeira e bela

Quando você ora por um amor que ainda não viu
Um escudo luminoso deixa esta pessoa protegida
Que nenhum mal egoísta, invejoso e vil
Possa causar, neste ser, qualquer ferida

A oração é uma doce e forte ponte
Que une distantes e invisíveis criaturas
Ela é a real e a mais segura fonte
Que mata a sede com ternuras.
Luciana do Rocio Mallon





sexta-feira, 28 de abril de 2017

Por Que os Operadores de Telemarketing Não Aderiram à Greve Geral?

Por Que os Operadores de Telemarketing Não Aderiram à Greve Geral?
Hoje, dia 28 de abril de 2017, aconteceu greve geral no Brasil. Pois motoristas de ônibus, funcionários públicos, entre outras categorias pararam.
Como procuro ver sempre o lado positivo dos fatos, logo pensei:
- Pelo menos hoje não receberei ligações de telemarketing.
Naquele mesmo instante, recebi um telefonema de uma firma perguntando se eu queria empréstimo consignado. Depois disto, outras empresas me ligaram pedindo doações, anunciando planos de telefonia, oferecendo plano funerário e escutei até um menino chamando, pela mãe, dizendo que foi sequestrado em plena greve geral.
Então dúvidas surgiram na minha cabeça:
- Como será que funcionam as firmas de telemarketing?
- Será que, agora, os operadores telefonam de suas próprias casas?
- Por que os funcionários, de telemarketing, nunca aderem às greves gerais?
- Será que estes trabalhadores não pegam ônibus, quando tem paralisação, e possuem asas que facilitam a mobilização?
- Será que eles telefonam de outro país, ou, outro planeta?
Pelo jeito, acho que telemarketing virou lenda urbana e os operadores são fantasmas com poderes sobrenaturais que telefonam até em dias de paralisação geral.
Luciana do Rocio Mallon



quinta-feira, 27 de abril de 2017

Pessoas Que Criam Fakes dos Amados Em Redes Sociais

Pessoas Que Criam Fakes dos Amados em Redes Sociais
Pessoas que criam fakes dos amados em redes sociais
Possuem maldade disfarçada de insegurança
Com seus espíritos banais e boçais
Sem o mínimo de suave esperança

Elas fazem fakes para espionar
O passado do seu pretendente
Das fofocas, geram um grande mar
Perigoso e nada inocente

Postam ideias que não é da pessoa amada
Fake é crime de ideológica falsidade
Que deixa a delicadeza calada
Sem nenhum tipo de amizade

Não adianta orar no templo
E nem fazer uma boa caridade
Se a criatura faz fake sem sentimento
Se passando por outra pessoa sem piedade.
Luciana do Rocio Mallon




O Dia Em Que Emprestei Meu Celular Para a Esposa do Seu Madruga

O Dia Em Que Emprestei Meu Celular Para a Esposa do Seu Madruga
Hoje, pela manhã, após uma noite mal dormida, precisei levar um aparelho para consertar numa oficina do bairro. Assim eu estava andando pela rua quando, de repente, de uma das casas uma idosa gritou:
- Menina, socorro!
- Me ajuda!
Logo olhei desconfiada, pois a senhora estava de pé e não aparentava maus tratos. Mas minha intuição mandou eu me aproximar. Deste jeito perguntei:
- O que houve?
A anciã, segurando nas grades do seu portão de casa, explicou:
- Estou trancada em casa. Pois tive problemas após a queda de energia de ontem e meu portão não quer abrir com o controle eletrônico.
- Você poderia emprestar seu celular para que eu possa telefonar para meu marido trazer a chave do portão?
Desta maneira eu disse:
- Por favor, me diga o número e o nome do seu marido.
A idosa falou:
- Bem, meu esposo se chama Madruga.
Como um raio, soltei uma risada porque me lembrei do Seu Madruga, personagem do seriado Chaves. Assim indaguei:
- Seu Madruga?
Ela respondeu:
- Sim, Madruga.
Deste jeito disquei o número que a idosa ditou e deixei a pobre conversar com o seu esposo. Desta maneira o Seu Madruga combinou de trazer a chave a ela.
Após isto trocamos algumas palavras e perguntei:
- A senhora gosta de Poesia?
A anciã respondeu:
- Sim.
Por isto fiz a seguinte proposta:
- Então diga uma palavra que eu faço um poema com a palavra que a senhora escolher.
A velhinha falou:
- Amizade.
No mesmo instante fiz o seguinte poema:
“- O começo de uma amizade
Não tem hora e nem lugar
Pode ser num sonho de verdade
Ou, até no fundo do mar

Eu estava andando na esquina
E a senhora pediu por socorro
Chamando minha alma de menina
Assim, por falta de amizade não morro.”
Desta forma a velhinha se emocionou, suas mãos tremeram e saíram lágrimas de seus olhos.
Por isto cheguei a seguinte conclusão:
- Acontecimentos surpreendentes podem iluminar o nosso dia...
- Esta foi uma manhã em que emprestei o celular para a esposa do Seu Madruga.
Luciana do Rocio Mallon


Desabafo do Casamento Contra as Pessoas Que Casam Por Vários Motivos Menos Por Amor

Desabafo do Casamento Contra as Pessoas Que Casam Por Vários Motivos Menos Por Amor
Muito prazer, eu sou o casamento
Vivendo momentos de depressão e terror
Porque para todo o meu tormento       
A maioria das pessoas não casa por amor
                                               
Tem gente que casa com medo de ficar só
Gatas lindas e fúteis casam por dinheiro
Seres piedosos casam por carência ou dó
Ninguém mais espera o amor verdadeiro

Quem é realista e pensa com a cabeça
Afirma que sou uma instituição falida
Espero que o cupido nunca me esqueça
Porque minha alma está muito ferida

As virgens desistiram de orar para Santo Antônio
Pois moças sonhadoras e castas não existem mais
Não desejo perder meu espírito de matrimônio
Que busca um romance com meiguice e paz

Manequins caçam um milionário
Para dar o golpe da barriga
Com um desejo ordinário
Gerando briga e intriga

Muito prazer, eu sou o casamento
Vivendo momentos de depressão e terror
Porque para todo o meu tormento       
A maioria das pessoas não casa por amor.
Luciana do Rocio Mallon






O Coelho Lilás e a Idosa Que Não Queria Atravessar a Rua

O Coelho Lilás e a Idosa Que Não Queria Atravessar a Rua
Como todos sabem, mês passado surgiu o jogo perigoso da Baleia Azul que incentiva as crianças a fazerem tarefas tortuosas e depois tentarem o suicídio. Então contra isto apareceram outros jogos que promovem a autoestima e o ativismo social, onde as tarefas consistem em ajudar o próximo. Assim nasceram brincadeiras com os seguintes bichos, como: Capivara Amarela, Baleia Rosa e Coelho Lilás.
Porém, ontem um rapaz disse:
- Eu estava praticando o bem, realizando uma tarefa do Coelho Lilás e uma velhinha me bateu.
Deste jeito perguntei:
- Mas qual tarefa era esta?
O menino explicou:
- Eu estava ajudando a idosa a atravessar a rua. Porém, o problema é que ela não queria atravessar. Então a anciã me deu um chute e fiquei com uma parte do meu corpo lilás.
Luciana do Rocio Mallon





Toda a Vez Que Eu Reclamava, Ele Pedia um Poema

Toda a Vez Que Eu Reclamava, Ele Pedia um Poema
Toda a vez que ele me traía
Com o seu impulso animal
E, sem querer, eu descobria
Logo eu reclamava para o astral

Depois tentava discutir o relacionamento
Porém o amado repleto de arrependimento
Pedia para trocar os gritos por poemas
Pois violência nunca resolveu problemas

Então ele sorria e me dizia
Com a maior maestria:
“- Em vez deste choro com agonia,
- Me faz uma Poesia?

Faça um poema da hora, um repente
Ou, quem sabe uma dança do ventre
Depois do tapa, na cara, eu quero uma mensagem
Uma frase, com versos, que vale uma viagem “

Anos depois ele foi embora
Nunca mais terei um amor assim
Onde eu era deusa e senhora
Fazendo poemas no jardim
Depois de um dia ruim

Só alguém com alma perfumada de alfazema
É capaz de trocar discussões por um poema.
Luciana do Rocio Mallon








sábado, 22 de abril de 2017

Dia do Planeta Terra e do Descobrimento do Brasil

Dia do Planeta Terra e do Descobrimento do Brasil
Esta mágica data de 22 de abril
É dia do mundo, do planeta Terra
E também do descobrimento do Brasil
Dois sonhos em uma só quimera
Voando por este infinito céu anil

Se a gente colocar a mão na consciência
Veremos que não é mera coincidência
Dois poemas em uma única mensagem
Unindo almas numa mesma paisagem

O Brasil faz parte do mundo
E o mundo abriga o nosso país
Lutando de um jeito profundo
Contra as barreiras para ser feliz.
Luciana do Rocio Mallon





Na Minha Época, Não Existia o Jogo da Baleia Azul, Mas Havia a Brincadeira do Fusca Azul Que Tem Até Lenda

Na Minha Época, Não Existia o Jogo da Baleia Azul, Mas Havia a Brincadeira do Fusca Azul Que Tem Até Lenda
Dias atrás alertei aos pais sobre os perigos da brincadeira da Baleia Azul, que teve origem há mais de 2000 atrás na Babilônia onde os habitantes adoravam uma deusa em forma de baleia e sacrificavam as crianças para ela. Porém, hoje, este tipo de ritual maligno está gerando mortes on-line.
Na minha infância, não havia jogo da baleia azul, mas existia a brincadeira do fusca azul, que também incitava a violência. O jogo era assim:
Quando alguém via um fusca azul, tinha que correr para bater, ou, dar socos no braço do colega próximo. Além disto, poderia cantar a seguinte música:
“ Fusca azul, fusca azul                 
Que anda de norte a sul
Dá um soco neste atrapalhado
Que pintou este carro enganado
Para o soco logo parar
Uma rima tem que falar”.
Após esta canção, o colega que levou os socos tinha que perguntar:
- Que palavra devo rimar?
Então o agressor escolhia qualquer palavra.
Bem, refletindo sobre estes jogos de infância, cheguei à conclusão que virei repentista por causa destas brincadeiras. Pois pelos fatos de eu ser baixinha e tímida, era o alvo preferido para estas peças.
Reza a lenda que na década de vinte, o Henry Ford criou fuscas só da cor preta em sua fábrica. Numa noite, um funcionário gago, já muito cansado, errou a dosagem da tinta e criou uma linha de carros azuis. Quando Henry Ford descobriu o erro, deu socos no braço deste empregado e disse:
“- Carro azul, carro azul
Azul é a cor errada
Faça uma rima para não apanhar mais”
A cena foi vista por todos os funcionários, fotografada e imitada. A partir daquele dia, qualquer pessoa que visse um ford azul, saia correndo para cantar a música e socar um desavisado na rua. Dizem que o trabalhador, que errou a cor do fusca, morreu de Câncer alguns anos depois. Porém seu fantasma ficou rondando a fábrica por muitos anos, fazendo com que os vizinhos vissem fuscas azuis, andado ao redor daquele estabelecimento, sem motoristas em suas direções.
Luciana do Rocio Mallon
Foto: Arquivo pessoal. Modelo: Luciana do Rocio Mallon, em 1981.





sexta-feira, 21 de abril de 2017

Jogo da Piranha Violeta

Jogo da Piranha Violeta
Na minha adolescência, não tinha o jogo da baleia azul. Mas havia a brincadeira da piranha violeta, que consistia em beijar o maior número de pessoas, nas danceterias, até a boca ficar violeta. Mas eu nunca participei deste jogo, pois reza a lenda que estes estabelecimentos viviam rodeados de botos da cor rosa, que engravidavam as mulheres e sumiam depois. Então eu nem passava perto destes lugares. Além disto, dizem que a pessoa que brincava o jogo da piranha violeta acabava com sapinhos brancos na boca.
Um bicho pode chamar outro diferente, né?
Na verdade, eu sempre quis beijar o único amor da minha vida e não dava bola para estes jogos adolescentes.
Afinal, para que deixar a boca roxa através de beijos de estranhos, se o verdadeiro amor transforma a alma num eterno arco-íris?
Luciana do Rocio Mallon




Arco-Íris Duplo, em Curitiba, No Dia de Tiradentes

Arco-Íris Duplo, Em Curitiba, No Dia de Tiradentes
Neste calmo dia de Tiradentes
Ocorreu algo repleto de magia
Na capital calada e tímida dos inocentes
Um arco-íris duplo surgiu com maestria

O arco-íris precisou de gotas de água
E uma doce, suave e leve luz
Que surgiram das lágrimas da mágoa
Com um sabor milagroso de alcaçuz

Mas a luz encontrou uma gota maior
Na procura de uma paixão carente
Ela encontrou um abraço melhor
Na outra refração transparente

Assim surgiu o segundo arco-íris
Discreto, meigo e quase invisível
Mas capaz de encantar qualquer íris
Com sua aura de fantasma incrível

Até a nuvem, de Curitiba, cinzenta
Ficou menos chata e rabugenta
Ao ver o duplo arco-íris colorido
Que deixou o feriado divertido

Este arco-íris virou uma corda perigosa
Para quem desejou enforcar o feriado
Ele veio jogar cores na terra caridosa
Dizendo que este planeta é amado

O arco-íris duplo laça a rebeldia
Pois, acima de tudo, ele é Poesia

O arco-íris é a eterna aliança
Entre Deus e este mundo
Com as cores da esperança
Neste sentimento profundo.
Luciana do Rocio Mallon






Quero Devorar Flores e Tomar Sopa de Letrinhas, Pois Tenho Alma de Poeta

Quero Devorar Flores e Tomar Sopa de Letrinhas, Pois Tenho Alma de Poeta
Desejo comer flores coloridas
Para soltar perfumados gases
Com o poder de curar feridas
Nos mais diversos lugares!

Quero tomar sopa de letras flutuantes
Que nadam no oceano deste alimento
Transformando-se em estrelas cintilantes
Escrevendo no astral com sentimento

Preciso de sopa de letras e flores de jardim
Para alimentar o meu espírito de poeta
Que possui uma fome de amor sem fim
Nas mensagens misteriosas de um profeta

Meu estomago abrigará borboletas na primavera
Mas a Poesia sempre ajuda na digestão das dificuldades
Uma letra com cheiro de flor estará a minha espera
Pois um suspiro de esperança espanta as maldades

Sonho em devorar flores com pétalas macias
Para soltar gases com perfumes maravilhosos
Nas cartas onde há palavras ditas nas Poesias
Com sopas de letras e seus sabores deliciosos.
Luciana do Rocio Mallon



quarta-feira, 19 de abril de 2017

Casca de Banana

Casca de Banana
Numa breve distração em momento
Ele jogou casca de banana ao relento
Depois se preocupou com sentimento
Porém o bondoso e sensato vento

Jogou a casca para as minhas terras
Assim ela virou adubo com esplendor
Renascendo as flores nas primaveras
A casca transformou-se em amor

Quando jogamos uma casca de banana na estrada
Por distração e depois vem o arrependimento
Para evitar acidente e muito sofrimento
Vem o vento e joga a banana no meio do nada

Mas quando alguém joga uma casca por maldade
Ele volta, ao mesmo local, e escorrega na própria casca
Sempre voltamos na mesma estrada de verdade
Quem é esperto, muitas vezes, se lasca
Sem alcançar a sonhada felicidade

Mas se alguém por distração joga a casca ao relento
Logo vem o vento repleto de bom sentimento
Levando a casca para adubar um solo de amor sedento.
Luciana do Rocio Mallon






Jogo do Boto-Cor-de-Rosa

Jogo do Boto-Cor-Rosa
Tão horripilante quanto o jogo mortal da Baleia Azul, que coloca em risco as crianças, é o jogo do boto-cor-de-rosa usado por adultos. Esta brincadeira funciona assim:
O homem vai para a balada, com o intuito de pegar grande quantidade de mulheres. Porém, acaba se esquecendo de usar preservativo. Assim os resultados são estes: gravidez indesejada e doenças venéreas. Tem uns botos que para não pagar pensão, nadam até para outros oceanos distantes.

Luciana do Rocio Mallon

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Não Pretendo Ser uma Irmã de Caridade, Mas Quero Fazer uma Caridade Irmã

Não Pretendo Ser uma Irmã de Caridade, Mas Quero Fazer uma Caridade Irmã
Recentemente eu escrevi um texto onde confessei a vontade de ser uma artista voluntária. Logo recebi diversos tipos de críticas, em uma delas, uma pessoa perguntou em mensagem privada assim:
“- Se você não curte relações carnais e tem como sonho escrever, de graça, por que você não vira uma irmã de caridade?”
Durante uma fase da minha infância, realmente, pensei em me tornar freira. Mas, com o passar do tempo, percebi que não tinha vocação. Mesmo assim sempre tive a espiritualidade voltada para o sobrenatural. Uma das linhas do Misticismo, que admiro, afirma que quando um dom é manifestado na infância, com uma facilidade que vai além da normalidade, ele não pode ter como o único objetivo ganhar dinheiro na vida adulta. Pois isto dá oportunidade ao lado mau. Deste jeito os grandes ocultistas afirmam:
“O dom que é dado de graça e com pouco esforço, de graça, deve ser ofertado ao universo.”
Desde os meus cinco anos de idade tive facilidade em fazer repentes, rimar e combinar palavras como as outras crianças não conseguiam. Já, naquela idade, eu criava histórias e roteiros em poucos segundos. Não seria justo, que depois de adulta, eu usasse este meu dom para explorar os outros, ou, para ganhar dinheiro de forma ilícita.
Eu não pretendo ser uma irmã de caridade. Mas quero fazer uma caridade irmã, que é aquele serviço voluntário que mostra que todos somos filhos de Deus. Uma caridade irmã nem sempre é fazer uma doação material a um necessitado. Muitas vezes ela se manifesta quando você oferece uma palavra amiga a um colega que está doente, ou, com depressão. A caridade irmã nem sempre é postada em redes sociais. Pois a verdadeira ajuda é aquela que a mão esquerda não sabe o que a direita faz e vice-versa. Porém as duas mãos servem para fazer o sinal de silêncio na boca do maledicente quando ele pretende usar as palavras para destruir alguém. Pois, geralmente, quem fala mal é uma pessoa perdida que, para satisfazer o próprio ego, tem necessidade de esculhambar com alguém que tenta construir algo de bom. Porém os linguarudos precisam de carinho e atenção porque estão perdidos no caminho das trevas e só nossos bons exemplos podem tira-los de lá. Por isto o silêncio, misturado com as boas ações, é a melhor resposta.
Luciana do Rocio Mallon               







domingo, 16 de abril de 2017

50 Tons de Lendas

50 Tons de Lendas
Esta semana recebi a seguinte sugestão “in box”:
- Tia Lu, por que você não escreve uma série, chamada 50 Tons de Lendas, só com causos sobrenaturais eróticos e sensuais?
Respondi assim:             
- Na verdade, não é este tipo de causo que caço por aí. Pois me interesso mais por lendas que geraram nomes de lugares, como cidades e bairros, que são histórias instrutivas para os professores contarem nas escolas.
Mas o tema, das lendas sensuais, não deixa de ser curioso. Pois existem milhares de relatos sobre fantasmas de bordéis e motéis. Porém é preciso tomar cuidado ao se trabalhar com estes tipos de entidades. Mesmo assim quando chegar o momento certo, sentirei a hora para pesquisar este assunto. Afinal há tempo para tudo.
Luciana do Rocio Mallon



As Toucas Mágicas de Dona Francisca

As Toucas Mágicas de Dona Francisca
Dona Francisca faz crochê e tricô cheios de Magia
Numa casa de repouso repleta de tranquilidade
Uma agulha é prosa e outra é Poesia
As duas tecem o amor de verdade!      

Dona Francisca faz toucas encantadas
Que deixam as cabeças refrescantes
Tem toucas de gnomos, princesas e fadas
Que tornam os cérebros mais brilhantes!

Ela já confeccionou a touca da Chapeuzinho Vermelho,
O gorro do Saci, a boina do Che Guevara,
O chapéu do morcego que não se olha no espelho
E até a touca da bela Scarlat Ohara!

Cada touca possui um segredo sem fim
Que é abençoado, realmente, fio a fio
Com suas mãos delicadas de jasmim
Francisca não deixa ninguém sentir arrepio
Pois suas toucas protegem do malvado frio.
Luciana do Rocio Mallon




O Bom Poeta Tem Que Devorar Livros, Comer Flores e Beber Água da Fonte

O Bom Poeta Tem que Devorar Livros, Comer Flores e Beber Agua da Fonte
Uma vez perguntei de forma extraordinária
Para um especialista em culinária
“ - Qual seria o melhor alimento
Para um poeta com sentimento?”

Ele disse que poetas precisam devorar livros de Literatura
Beber água da fonte e comer muitas flores
Com degustação através da doçura e ternura
Para salivar desejos juntos com amores!

Na hora, pensei que flores suaves e delicadas
Não deveriam ser mastigadas e nem devoradas
Porque tudo isto seria um ato de violência
Mas depois descobri o segredo com paciência

Borboleta, beija-flor e abelha
Alimentam-se do néctar de flores coloridas
Assim em suas almas surge uma centelha
Que curam todas as suas feridas

Depois me veio na mente uma lembrança:
Eu comia azedinha quando era criança
Ela deixava meu humor doce e com alegria
Foi quando eu me interessei por Poesia

Agora em nome do amor e da paz
Eu aprendi  e conheci muito mais:

As pétalas de rosa fazem o maior fuzuê
Porque são ricas em vitamina C
A calêndula evita a tensão pré-menstrual
Pois leva a mulher para outro astral

A flor de abóbora esconde um segredo
Pois expulsa a depressão e o medo
Uma salada de amor-perfeito
Cura a pior dor no peito!

A flor borago tem forma de estrela cintilante
Porque deixa a autoestima mais brilhante
Quando um poeta come um girassol
Sua inspiração transforma-se num farol

Um chá da divina flor de hibisco
Cura um espírito tímido e arisco
Se o poeta levou o fora de uma mulher
Ele precisa de uma salada de malmequer
Que deixa a alma preparada para o que der e vier

O dente-de-leão tem sabor de mel
Tira do coração, todo o fel cruel
Uma flor é o melhor alimento
Pois fortifica o sentimento
Do poeta a qualquer momento.
Luciana do Rocio Mallon



Lavar a Roupa e a Louça é Poesia

Lavar a Roupa e a Louça é Poesia
Lavar a louça é um ato de Poesia
Quando tem esforço e sentimento
Porque tem resíduos de alegria
De quem comeu e bebeu dentro

Do prato feito de porcelana
E do cálice de cristal transparente
O guardanapo sempre abana
Quando vira um leque inocente

Lavar a roupa é um lírico poema
Quando o azulado sabão em pó
Vira a bolha com cheiro de alfazema
Retirando do laço, da peça, todo o nó

A dura, fria e antipática tábua de madeira
Transforma-se num instrumento musical
Quando a escova beija de forma verdadeira
O ritmo que ilumina e limpa o divino astral

Só um poeta com dom e humildade,
Mesmo nascido em berço de ouro,
Lava os pratos e a roupa de verdade
Pois a simplicidade é o real tesouro

As mãos que escrevem são as mesmas que limpam o ambiente
A casa pode ser pobre, mas o espírito nunca é carente
A água, em movimento, inspira os livres versos
O sabão vira estrelas, de rimas, em universos.
Luciana do Rocio Mallon








sábado, 15 de abril de 2017

Não Entendo os Intelectuais Que Critica a Branca de Neve Porque Faz Serviços de Limpeza, Mas Glorificam Dom Juan, Ali Babá e os Quarenta Ladrões

Não Entendo os Intelectuais Que Criticam a Branca de Neve Porque Faz Serviços de Limpeza, Mas Glorificam Dom Juan, Ali Babá e os Quarenta Ladrões
Esta semana vi intelectuais dizendo que a Branca de Neve é um péssimo exemplo. Pois quando se hospedou na casa dos anões, resolveu fazer serviços domésticos. Mas os mesmos críticos glorificaram personagens como Dom Juan, Ali Babá e os Quarenta Ladrões.
Porém, conforme os valores da ética, a Branca de Neve estava certa. Pois, como morava de favor, a maneira que ela encontrou para ajudar seus amigos era fazendo serviços domésticos. Isto é um bom exemplo, pois mostra valores como gratidão, higiene e esforço.
Já Dom Juan, Ali Babá e os Quarenta Ladrões são péssimos exemplos. Pois o primeiro é um machista que seduz mulheres para usa-las como objetos. No caso da turma do segundo ela forma uma quadrilha perigosa porque roubar nunca é uma atitude boa.
Observando isto tudo é possível chegar à conclusão de que estamos numa era de valores trocados.
Luciana do Rocio Mallon



Lenda da Flor do Espírito Santo e da Pomba da Paz

Lenda da Flor do Espírito Santo e da Pomba da Paz
Depois que Jesus subiu aos céus, os apóstolos e Nossa Senhora receberam o Espírito Santo, que apareceu em forma de pomba branca e com a força do fogo.
Reza a lenda que depois deste fenômeno, esta pomba voltou ao céu e falou para o criador:
- Fiquei emocionada com esta experiência espiritual, por isto gostaria de morar na Terra e espalhar a paz com esta minha forma de ave.
Papai do Céu explicou:
- Isto não é possível do jeito que você deseja.
- Mas transformarei você numa flor em forma de pomba branca que viverá durante a época de Pentecostes, que comemora sua descida sobre os apóstolos e Santa Maria. Então seu perfume e delicadeza trarão tranquilidade às pessoas que admirarem a sua beleza.
Assim surgiu a flor chamada Espírito Santo, ou ,Pomba da Paz que, também, é conhecida como Orquídea do Panamá.
Nos anos 90, quando eu trabalhava no comércio, havia uma cliente que vivia reclamando que o filho tinha pesadelos. Mas que um dia, uma freira aconselhou a colocar um vaso, com a Flor do Espírito Santo, no quarto do menino, durante o período de Pentecostes e orar para o Espírito Santo, antes da criança dormir. Pois, deste jeito, os pesadelos desapareceriam. Na primeira noite, após ganhar o vaso de flores, o garoto afirmou:
- Mãe, hoje não tive pesadelos. Porém senti batidas de asas de pássaros em meu quarto, enquanto dormia e me senti bem.
Ainda, segundo esta cliente, a situação, das batidas de asas, durou o período do Pentecostes inteiro e a criança nunca mais teve pesadelos.
Luciana do Rocio Mallon



sexta-feira, 14 de abril de 2017

Pietá na Sexta-Feira Santa

Pietá na Sexta-Feira Santa
Santa Maria segurando Jesus morto
Foi retratada de um jeito nada torto
Como Pietá, uma inesquecível escultura
Repleta de devoção, candura e ternura!

Maria segurando Jesus, seu filho
Representa todas as mães sofridas
Que de um jeito perderam o brilho
Porque seus filhos perderam as vidas
Por causa de doenças e balas perdidas

As mães que perderam os filhos para a violência
São como Maria segurando Jesus com tristeza
Elas querem justiça apesar da alma cheia de paciência
Através da luta pacífica, honesta e com sutileza

Nesta Sexta-Feira muitas mães são como Maria
Segurando o filho falecido na paisagem
Com o coração cheio de saudade e agonia
Mesmo sabendo que vida é só de passagem.
Luciana do Rocio Mallon




A Zebra e a Lista da Odebrecht

A Zebra e a Lista da Odebrecht
A zebra desabafou para a princesa Ace de Leve:
- Estou me sentindo desvalorizada e valorizada ao mesmo tempo.
Ace perguntou:
- O que houve?
O animal respondeu:
- Alguns políticos falaram que é melhor estar na lista negra da zebra azarada do que na lista da Odebrecht. Porém, depois, confessaram que pegarão um cavalo branco velho, tinta negra e pintarão listas nele. Por isto fiquei confusa.
Luciana do Rocio Mallon


Cruz Para uma Vida Inteira

Cruz Para uma Vida Inteira Santa
Para ter uma vida inteira santa
Precisamos carregar a própria cruz
Abençoando os ramos em planta
Em busca da sagrada e leve luz

Carregar a cruz sem reclamar
É o caminho para a felicidade
Iluminada pelo mágico luar
Nas estrelas da caridade

Na difícil via sacra da vida  
Podemos encontrar companhia
Que cura a nossa ferida
Com solidariedade e Poesia

Um Simão aparece na estrada
Ajudando a carregarmos a cruz
Amizade é uma dádiva alada
Que só à lealdade conduz

Uma Verônica surge, de repente, com um lenço
Para enxugar nosso suor e lágrimas transparentes
Porque a compaixão é um sentimento denso
Que salva seres esforçados e inocentes!

A cruz pesada vira uma constelação cintilante
Quando aceitamos sem rebeldia e desatino
As árduas lições para um renascimento brilhante
Que são ofertadas pelo capataz e guardião do destino

Uma cruz pesada transforma-se no Cruzeiro do Sul
Quando andamos com ela sob o céu azul
Assim todas as cruzes viram bons exemplos
Que devem ser agradecidas nos templos

Quem reclama da própria cruz
Faz peso na cruz de outra pessoa
Pois não conheceu a lição de Jesus
Que não morreu, na cruz, à toa

Nesta divina e reflexiva, sexta
Sobre as cruzes devemos refletir
No domingo haverá surpresa na cesta
Chocolate, carinho e amor como elixir.

Luciana do Rocio Mallon 

Violência Incomum Em Véspera de Páscoa

Violência Incomum Em Véspera de Páscoa
O nosso país, infelizmente, está cada vez mais violento.
O pior é que nesta véspera de Páscoa crimes incomuns abalaram o Brasil. Pois, vândalos invadiram uma escola pública e roubaram os ovos de chocolates que foram doados para a festa de Páscoa dos alunos. Depois uma farmácia foi assaltada por um ladrão que só roubou remédios para insônia. Por último um caminhão parou em frente a uma peixaria, um marginal saltou dele, com uma arma, e pediu para os funcionários colocarem somente bacalhaus no caminhão.
Com certeza, por segurança, o Coelhinho da Páscoa vem com armadura e escudo neste domingo.

Luciana do Rocio Mallon 

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Defendo o Direito de Usar Saias Compridas em Ambientes Escolares

Defendo o Direito de Usar Saias Compridas em Ambientes Escolares
Ano passado, intelectuais incentivaram moças que desejavam usar shorts, na escola, por causa do calor. Sim, a atitude foi interessante.
Mas não vi nenhum artista defendendo algumas meninas religiosas, que foram barradas no colégio, porque estavam usando saias compridas. Pois esta atitude demonstrou intolerância religiosa e preconceito.
Se todo mundo tem o direito de usar a roupa que deseja, por que os intelectuais não defenderam as garotas das saias compridas?
Sim, eu defendo o direito de usar roupas longas em ambientes escolares.
(Reflexão da série: Coisas Que a Tia Lu Não Entende)
Luciana do Rocio Mallon



A Corrupção Virou Piado de Coruja Esperta

A Corrupção Virou Piado de Coruja Esperta
Visconde comentou com a Princesa Ace de Leve:
- Sabia que a corrupção perdeu algumas palavras e, agora, se chama “corrup”?
Ela perguntou:                 
- Como assim?
O Visconde explicou:
- Primeiro roubaram a cê-cedilha da própria palavra corrupção. Então ela ficou:
- Corrupcão.
- Depois passaram perto e roubaram o cão que nem era de raça. Deste jeito a palavra tornou-se:
- Corrup.
- Sim, “corrup” igual ao piado de coruja esperta.
Luciana do Rocio Mallon




segunda-feira, 10 de abril de 2017

Não Tenha Medo de Passar a Energia de Suas Mãos Em Quem Está Com Raiva, Pois Esta é a Pessoa Que Mais Precisa de Sua Ajuda

Não Tenha Medo de Passar a Energia de Suas Mãos Em Quem Está Com Raiva, Pois Esta é a Pessoa Que Mais Precisa de Sua Ajuda
Meu nome é Luciana do Rocio Mallon, pesquiso Lendas, Folclore e Misticismo. Desde criança acredito na força da amenização das doenças através das mãos.
Em 1987, ainda na adolescência, tive contato com uma vizinha que me explicou uma forma simples de passar a energia das nossas mãos para outra criatura. Ela disse que, para isto, é importante que a pessoa, que pretende trabalhar a energia, esteja calma e tenha muita vontade de ajudar o próximo. Depois, ainda segundo esta vizinha, ela precisa sentar o paciente, ir até as suas costas, esfregar uma mão com a outra e posta-las em cima da cabeça do paciente. Porém um conselho me assustou:
- Nunca passe energia para alguém com raiva!
Mas, pensei:
- Porém, não são as pessoas nervosas que mais precisam de energia?
No dia seguinte avistei na quadra em que morava, uma idosa, aparentemente, bêbada que gritava:
- O mundo é um Inferno!
- Todos deveriam morrer!
Então perguntei:
- Por que a senhora está triste?
Deste jeito, ela me respondeu com um palavrão.
Mas eu não me intimidei e fiz energização com as mãos nesta anciã. Aos poucos notei que ela foi se acalmando, fechou os olhos um pouco e saiu devagar para fazer o seu caminho.
Depois descobri que os místicos aconselham a não passar a energia com as mãos em uma criatura com raiva. Pois existe a crença que a vibração ruim do paciente pode ir até o ser que está tentando realizar a cura. Porém depois de tantas experiências fazendo este tipo de atividade voluntariamente, notei que as pessoas nervosas são as que mais precisam deste tipo de auxílio e é gratificante ajudar alguém que está com ódio. Pois é uma forma de acalmar o coração desta criatura. Afinal ajudando quem mais precisa, a energia negativa se torna amor e só auxilia o voluntário espiritualmente. Nunca me senti mal após passar a energia, com as mãos, para alguém com ódio. Pelo contrário, isto só me trouxe experiências excelentes.
Luciana do Rocio Mallon