sábado, 4 de fevereiro de 2017

Amor de Outono

Amor de Outono
Os seres atrevidos e desinibidos
Tem uma fugaz paixão de veraneios
Pois são flechados por vários cupidos
Que machucam os corações alheios

As pessoas românticas e sonhadoras
Vivem um romance de primavera
Através das vozes de sereias cantoras
E de flores com pétalas de quimera

As criaturas mais dóceis e carentes
Possuem uma aventura de inverno
Atrás de gemidos em lareiras frementes
Debaixo de um cobertor terno e fraterno

Mas eu, que sempre fui uma maldição do breu
Tive o privilégio de sentir um amor outonal
Quando tudo, na minha vida, se escureceu
Apareceu esta benção do divino astral

Há muito tempo, anos atrás
Alguém repleto de energia
Tirou a minha lenta paz
E me trouxe uma leve alegria

No outono tivemos muitas emoções e aventuras
Que muitas pessoas não têm por uma vida inteira
Então senti um beijo repleto de canduras e ternuras
Que tirou a depressão cruel, triste e traiçoeira

Escrevi numa folha de outono seca e discreta
Uma declaração poética em forma de mensagem
Assim minha alma tomou a atitude certa e correta
De tocar em meu amado numa eterna massagem!

Meu amor de outono virou folha e foi embora
Porém continua até hoje no meu pensamento
Ainda sinto o olhar azulado e os lábios de amora
Do príncipe outonal que ronda meu sentimento.
Luciana do Rocio Mallon






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