O Dia dos Namorados Que Quase Virou um Dia de
Finados
Estamos próximos do Dia de 12 de junho e algumas
pessoas me escreveram pedindo uma história pessoal de humor sobre o Dia dos
Namorados. Já outras falaram que humor é algo bem distante de amor. Em primeiro
lugar, gostaria de esclarecer que o Romantismo sempre teve uma dose de alegria
dentro dele. Pois, muitas vezes, o que desperta atração é o sorriso da pessoa
amada e a vontade de fazer esta criatura feliz. Portanto, escreverei abaixo uma
situação divertida e perigosa que aconteceu, na minha vida real, bem no Dia dos
Namorados.
Há dez anos, direto do túnel do tempo, eu estava
namorando uma pessoa. Mas, por causa da rigidez, da minha família, nos encontrávamos
às escondidas na Praça João Cândido que é um local de pouco movimento à luz do
dia. Neste lugar meu amado levava um violão para que eu dançasse na grama.
Então ele me apelidou de Bailarina de Caixinha de Música e falou que seu sonho
era me ver dançando com roupas de bailarina clássica. Quando chegou o Dia dos
Namorados resolvi fazer uma surpresa e marquei encontro na mesma praça. Porém
emprestei um baú gigante que parecia uma caixinha de música e me enfiei, dentro
dele, vestida de bailarina clássica com esperanças de que meu amado avistasse o
objeto, ficasse curioso e abrisse. Mas isto não aconteceu, as horas se
passaram, comecei a ficar sufocada lá dentro e teve uma hora que não conseguia
mais respirar. Deste jeito comecei a gritar, um casal de idosos abriu o baú e,
segundo os dois, eu estava muito roxa.
Hoje, não estamos mais juntos porque meu ex-namorado
mudou-se de cidade. Porém ele nunca soube desta história. O importante é que
esta situação me inspirou para escrever um conto chamado A Lenda da Bailarina
do Dia dos Namorados.
Afinal, aquele Dia dos Namorados quase virou um Dia
de Finados.
Luciana do Rocio Mallon
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