Flor da
Pitaya
Você é
delicada flor da Pitaya
Do cacto na
caatinga do deserto
Suas pétalas
são os babados da saia
Que bailam
no ritmo certo!
Você vive
trancada em casa
No meio de
toda a secura
Sonhando com
o anjo de asa
Voando com
paixão e ternura!
Você só pode
pisar os pés para fora
Somente num
único baile formal
Com os
lábios pintados de amora
Num vestido
transparente e sensual!
Você é uma
flor tímida e noturna
Que só se
abre no real escuro
Atraindo a
mariposa que sai da furna
Para
esquecer um dia obscuro!
Quando chega
a madruga, precisa se esconder
Por isto as
pétalas fecham as janelas
Quase bem
antes do amanhecer
Pois você é
uma das raras donzelas
Proibidas de
sentir prazer!
O dragão do
deserto é seu algoz
Por isto
você não pode ver Sol
Porém para o
morcego veloz
Á noite,
você vira um farol!
O “y” no seu
nome é uma estaca
Para que
você possa se levantar
Depois da
chuva com resseca
Só para se
alimentar do luar
Você é a
suave flor da pitaya
Entre o
morcego e a mariposa
Como a
virgem de longa saia
Que nunca
será uma esposa.
Luciana do
Rocio Mallon
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